Guillaume Martin, ciclista da Cofidis, considera que o tenista espanhol está "no limite".
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Rafael Nadal conquistou no domingo o seu 14.º torneio de Roland Garros da carreira, admitindo depois que só conseguiu jogar tendo levado várias injeções no tornozelo do pé esquerdo, de forma a acalmar as dores.
Apesar de ter sido muito elogiado por ter jogado com dores, nem todo o mundo do desporto está do lado do tenista espanhol. Guillaume Martin, ciclista da Cofidis, por exemplo, em declarações ao "L'Équipe", afirmou que tal não seria possível no ciclismo.
"O que o [Rafa] Nadal fez seria impossível no ciclismo e acho que é normal. Se estás doente ou lesionado, não competes. Isso faz todo o sentido, por diversas razões. Primeiro pela saúde dos atletas. A longo prazo não estou certo que possa ser benéfico para o tornozelo do Nadal. Para além disso, a medicação, especialmente injeções, não têm apenas um efeito de curar, podem também ter efeitos na performance, por isso, no meu entender, está um pouco no limite", começou por dizer.
"Se um ciclista fizer a mesma coisa, já estaria banido. E mesmo que não fosse o caso, todos viriam a público acusá-lo de ser dopado, porque há já um passado cultura, uma fama associada ao ciclismo. Enquanto isso, as pessoas aplaudem o Nadal por ser capaz de jogar com dores", continuou, antes de concluir:
"Acho que foi [Zlatan] Ibrahimovic que falou recentemente sobre injeções no joelho. Passam por heróis porque se submetem à dor, mas na verdade tiram partido de substâncias para superá-la e, repito, para mim é muito no limite. O vencedor no ciclismo, especialmente no Tour, mesmo que não haja nada, é sistematicamente acusado de doping."
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