Grande Prémio O JOGO/Leilosoc: José Neves e a W52-FC Porto lideram, mas Luís Mendonça e a Efapel não se rendem e Gustavo Veloso e o Tavira já fizeram a sua festa.
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Há 12 segundos a separar José Neves, da W52-FC Porto, e Luís Mendonça, da Efapel, os principais protagonistas das duas primeiras etapas do 9.º Grande Prémio O JOGO/Leilosoc - com Gustavo Veloso a ter um desempenho digno de Óscar na segunda -, e, este domingo, Vieira do Minho será o palco da decisão final, oferecendo duas montanhas na última meia hora de corrida. Esta está mais uma vez à altura da suas ricas tradições, embora o favoritismo seja dos portistas.
Depois da vitória na Clássica das Aldeias do Xisto com Jóni Brandão e na Volta ao Algarve com João Rodrigues, o diretor-desportivo Nuno Ribeiro escolheu José Neves para líder no GP O JOGO e o alentejano de 25 anos não se fez rogado: aí pelo 15.º quilómetro de corrida fugiu, quando se fazia a escalada da Faifa, e chegou a Castro Daire isolado, com os portistas a colocarem Jóni Brandão pouco depois e a servir de alternativa.
Numa corrida com uma história rica, a nona edição revela-se à altura. O vencedor final pode ter surgido logo aos 15 km da primeira manhã, mas na liça estão os melhores corredores nacionais
Na segunda etapa, realizada em São Pedro do Sul durante a tarde, a W52-FC Porto autorizou fugas de corredores atrasados - e Veloso aproveitou para dar um triunfo à Atum-General Tavira -, mas ainda apanhou um susto já perto da meta. "Entrámos pelo lado errado da último rotunda e não conseguimos recuperar até final", explicou Neves, que tinha ganho 18 segundos a Mendonça de manhã, para perder seis com esse erro na segunda etapa.
"Queremos manter a camisola amarela e fazer os possíveis para a levar para casa. Viemos para vencer este Grande Prémio", garantiu o camisola amarela.
Como Joaquim Silva (Tavfer-Mortágua) também se atrasou na segunda tirada, Jóni Brandão subiu a terceiro e é a alternativa caso o duelo entre os dois primeiros corra mal aos portistas. Uma desvantagem que Luís Mendonça assume: "É difícil derrotar o bloco forte do FC Porto. Temos o infortúnio de ter dois atletas de enorme valia com fraturas, fazem muita falta aqui. Estou em forma e sinto-me o homem mais forte da corrida. Não deitei a toalha ao chão e vamos ter mais um dia de ataque", prometeu o Efapel, conhecendo bem o local para o fazer: as subidas de Covide (são 3,1 km a 7,8% e depois outros 6,1 km a 5,2%) e Tabuaças (6,6 km a 5,8%), descendo-se desta para a meta. Será mais uma batalha entre campeões.