"Final do Mundial? Até para os portugueses, na bancada ou em casa, será um jogo duríssimo"
Joel Rocha está na Lituânia a apoiar a Seleção Nacional que, argumenta, demonstrou uma louvável capacidade para<br/> ultrapassar os "momentos complicados"
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O treinador Joel Rocha foi um dos portugueses que, anteontem, sofreu e vibrou na Zalgiris Arena, em Kaunas, na Lituânia, com a vitória de Portugal sobre o Cazaquistão, que permitiu o apuramento para a final de domingo do Mundial de futsal. O ex-treinador do Benfica e do Fundão não tem dúvidas de que a seleção de Jorge Braz tem argumentos para derrotar a Argentina, vencedora do último Mundial, em 2016, na Colômbia.
"Uma equipa que chega à final do campeonato do mundo como campeã da Europa tem legítimas aspirações a ser campeã do mundo e Portugal tem todas as condições de conquistar o título", defendeu. "Um dos indicadores que dá validade a termos essa legitimidade de lutarmos pelo título mundial é a capacidade que a equipa tem demonstrado nos momentos complicados. E a nossa Seleção tem conseguido superar os momentos mais difíceis com tenacidade, resiliência, união e superação, mas também com inteligência e competência. E isso é o mais complicado", argumentou.
Joel Rocha considera que "a principal qualidade da Argentina é muito idêntica à de Portugal: é uma equipa com todas as letras que isso significa". E a seleção orientada por Matías Lucuix "personifica esse sentimento", acrescenta o técnico. "É uma equipa completa, onde o todo é muito mais forte do que a soma das suas partes. E para superar a Argentina campeã do mundo só um Portugal junto, coeso, solidário, como tem sido até aqui, será capaz de triunfar", sublinha, afirmando ainda que "é muito simples" responder à questão se a Argentina será teoricamente mais acessível do que seria o Brasil.
"Numa final de um Mundial não há, nem vão aparecer, facilidades no que quer que seja. Não existem facilidades para nada, nem para ninguém. Até para nós, portugueses - na bancada ou em casa - será um jogo duríssimo", perspetivou.
Com o caneco "a jogar bem ou mal"
Joel Rocha viu o jogo com o Cazaquistão em Kaunas . O ex-treinador do Benfica e do Fundão admite que o apoio dos portugueses é fundamental, mas sublinha o trabalho notável da equipa de Jorge Braz. "Na bancada, temos feito o possível para ajudar, mas a grande conquista tem sido de toda a equipa, porque são eles que têm a tarefa mais difícil", apontou. "Na bancada ou em casa, continuaremos a transmitir emoções. Domingo, lá estaremos para levar o caneco para Portugal, seja a jogar bem ou a jogar mal", adiantou, entre sorrisos de esperança.