Jorge Braz, selecionador de Portugal, fez a antevisão à final do Mundial de futsal, frente à Argentina. O jogo decisivo disputa-se no domingo, na Lituânia.
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Favoritismo da Argentina: "Não tem vantagem nenhuma. Não acho. Precisamos de ver como eles se sentem. O desgaste emocional tem sido positivo e altamente preparador para o que temos amanhã. Só olho para isso como vantagens, a forma como superámos tudo, os prolongamentos que jogámos... Amanhã, fisicamente, vamos estar onde queríamos. Sabendo que teríamos um dia menos, quatro dias para descansar. É um percurso, era o que queríamos, o que planeamos, e graças ao comportamento da equipa passamos às etapas todas e estamos à última a chegar ao cume da montanha. O desgaste mental é altamente positivo e fisicamente está toda a gente muito bem. Dois dias são mais que suficientes para estarmos outra vez com a energia toda. Aos portugueses, prometemos que vamos dar tudo porque neste momento sabemos muito bem o que queremos levar para Portugal".
Trabalho mental: "Para amanhã, nada. Zero. Jogar. É um processo continuado, que vem de há muito tempo, que vem sendo criado. De vez em quando há uns cliques para que continuem. Amanhã não é preciso dizer nada. Acreditamos no processo que estamos a construir há muito tempo. Amanhã é um dia de sorrisos, não é preciso dizer nada, mas jogar e representar Portugal com orgulho. Amanhã vai ser um dos jogos mais fáceis para preparar. São 16 homens fantásticos, eles sabem disso".
Imaginava estar na final? "Imaginava. Foi muito especial o último jogo porque era aqui que imaginava estar. Planeámos tudo o que sentimos dos últimos anos, é um trabalho de muitos anos, as coisas não aparecem do dia para o outro, não há táticas milagrosas, há trabalho. Depois, as coisas surgem. Queremos exibir o nosso trabalho. Imaginava, porque acredito em tudo o que estamos a construir e nos rodeava nos últimos anos. Era aqui que queria muito estar, estamos e agora é desfrutar mesmo disso."
Apoio dos adeptos portugueses: "Portugueses vão sempre, é a diferença do nosso país. Sentimo-nos em casa. É fantástico. Foi crescendo em número e amanhã vai ser ainda maior. O apoio, de repente vem um ruído, é fabuloso... e isso é Portugal, a paixão que temos pelo nosso país, o orgulho que temos pelo nosso país. Somos uma marca brutal. Nós e os portugueses que cá estão estamos a desfrutar muito. Amanhã vamos dar-lhes alegria para eles."