"Estamos a fazer tudo para dar o melhor ao Miguel Oliveira e garantir três motores iguais"
Stefan Pierer, CEO do construtor austríaco, deu uma entrevista revelando estar satisfeito com a experiência em MotoGP, dando a entender cuidados especiais com o "rookie" que está a surpreender
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Miguel Oliveira passeou por Austin, pois não foi chamado à conferência de Imprensa de antevisão do Grande Prémio das Américas, mas percebeu ser popular ao chegar ao circuito onde esta sexta-feira inicia os treinos em busca de nova proeza: depois de um 17.º lugar na estreia e do histórico 11.º posto, gerou expectativa quanto a um primeiro top 10 em MotoGP, embora a pista seja das mais difíceis e tenha o asfalto assustadoramente degradado. A maior notícia a seu respeito vinha, no entanto, do lado de cá do Atlântico.
"Vamos continuar", revelou Piet Beirer, CEO da KTM, quando numa entrevista à alemã "Speedweek" lhe perguntaram sobre o compromisso de correr cinco anos em MotoGP, prazo que se esgota em 2021. "Carmelo Ezpeleta e a Dorna [organizadores do campeonato] estão a fazer um excelente trabalho. Estar neste evento tem sido muito bom para o marketing e as nossas vendas. Temos de ver se os regulamentos continuam estáveis, mas prevemos continuar mais cinco anos. Isso significa de 2022 a 2026", divulgou, para depois chegar ao que mais interessa ao piloto português.
"Em princípio, deveríamos ter quatro pilotos com o mesmo nível técnico. Infelizmente, isso não vai ser possível neste primeiro ano"
"Em princípio, deveríamos ter quatro pilotos com o mesmo nível técnico. Infelizmente, isso não vai ser possível neste primeiro ano [com a Tech3 como segunda equipa], mas estamos a fazer tudo para dar o melhor ao Miguel Oliveira e garantir sempre três motores iguais", explicou. Ou seja, o principal responsável da KTM assume cuidados especiais com o piloto português, que nas duas primeiras corridas surpreendeu ao revelar-se mais à vontade do que Johann Zarco, o francês em que a equipa apostava para obter vitórias dentro de um ou dois anos.