No programa brasileiro Liga Confidencial, em que o tema era Cristiano Ronaldo, o ex-selecionador Luiz Felipe Scolari falou do lado menos conhecido do internacional português
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"Cristiano é muito simples, muito tranquilo, sempre sorridente. É aquela pessoa que faz falta a uma equipa, o que está sempre pronto para ajudar. É simples, humilde e participativo. No futebol, é o sujeito que está sempre a inventar. Quanto mais treina, mais pede para treinar. Nunca está satisfeito", palavras de Luiz Felipe Scolari, ex-selecionador de Portugal, proferidas há pouco mais de duas semanas, no programa televisivo brasileiro Liga Confidencial, cujo tema central era o internacional português do Real Madrid.
Conhecedor profundo da carreira de Ronaldo, Scolari falou de outros aspetos proventura menos conhecidos do futebolista, com o qual trabalhou e conviveu nos anos em que esteve na liderança da seleção nacional. Elogiou, por exemplo, Alex Ferguson, treinador do Manchester United, o primeiro clube do jogador fora de Portugal. "Combinava algumas atitudes com ele [Ferguson] e até ficava a saber detalhes do dia a dia e de situações vividas pelo Ronaldo fora do campo".
O antigo selecionador até recordou ao Liga Confidencial o dia em que teve de dar a Cristiano Ronaldo a notícia da morte do pai, quando a seleção de Portugal se encontrava na Rússia, onde ia disputar um jogo de qualificação para o Mundial'2006:
"Tivemos muita cumplicidade. Ele chorou durante muito tempo e a partir daí o nosso relacionamento ficou ainda mais estreito. Mesmo depois de receber a notícia, ele fez questão de jogar e disse-me: 'o meu pai gostava que eu jogasse, fez tudo na vida para que eu jogasse'".
Outra faceta de CR7 abordada por Luiz Felipe Scolari foi a rivalidade com Messi. E a esse propósito, sublinhou que o seu comportamento em campo nada tem a ver com a mesma...
"Ele mostra o lado do vencedor, de não aceitar o erro. No quotidiano, não há um jogador que não goste da maneira de ser dele. Ninguém pense que ele fabrique gestos para as câmaras de televisão. Ele não está nem aí. Preocupa-se em jogar e jogar bem. Se jogar mal, não dorme sete dias seguidos e torna-se chato".
Em jeito de despedida, mais um elogio ao seu ex-jogador da seleção nacional:
"Cristiano Ronaldo é o jogador que qualquer técnico quer ter. E é o filho que qualquer pai quer ter".