Treinador do Santos tem camisola especial e certeza sobre Abel: "Vai ter muitos..."
Cuca, treinador do Santos, admite que o português é menos experiente e tem menor currículo, mas ao mesmo tempo tem mais energia do que ele.
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O treinador do Santos, Cuca, fez esta sexta-feira a antevisão da final da Taça dos Libertadores, a disputar sábado (20h00 de Portugal continental) no Rio de Janeiro e na qual vai defrontar o Palmeiras, treinado pelo português Abel Ferreira.
Sobre Abel: "Eu tenho 57 anos, o Abel tem 42, mas não é vantagem. Eu também já tive 42 e tinha mais energia. O Abel não tem títulos, mas vai ter muitos, porque é um ótimo treinador. Oxalá venha esse caminho de vitórias dele só após este jogo"
Falhas do Palmeiras vistas na derrota por 2-0 contra o River: "Não posso trabalhar em cima do que vi do Palmeiras no jogo com River. Foi um jogo atípico, o Palmeiras jogou contra uma equipa francoatiradora que nada tinha a perder. Jogava em cima de um golo. Foi um jogo muito diferente deste, que começa zero a zero. Há que cometer o mínimo de erros para sair campeão."
Medo ou pressão: "Medo não existe. Pode haver mais cuidado. Os meninos criaram um lastro forte, há grande confiança. É um jogo apenas, temos que pensar bem na estratégia, no calor que vai fazer. Há dúvidas na equipa, mas temos amanhã para ver"
Aposta declarada na Libertadores: "Foi natural, era o nosso caminho mais curto. Eu já tinha duas vitórias quando peguei na equipa depois do Jesualdo, era meio caminho andado. No Brasileirão é premiado o melhor plantel, se não houver 25 jogadores do mesmo nível não és campeão. E nós temos muitos meninos da formação. Não estão prontos, a nossa aposta nunca poderia ser no Brasileirão, teria que ser na prova curta, no mata-mata. Deu certo a estratégia, chegámos à final, o futebol brasileiro está de parabéns. Não há favorito, é clássico e tudo pode acontecer."
Gestão: "É fácil, temos que ser transparentes. Não podemos enganar as pessoas durante sete meses. Isso temos feito, jogando aberto com o pessoal. Tivemos muitos problemas este ano, financeiros, ficámos alheios. Não é fácil. Foram exemplares os jogadores. Tivemos confiança nas pessoas, sem nunca reclamar de nada. Chegamos fortes à final, mas o Palmeiras também vai estar no máximo. Ganhar não será fácil, mas teremos a oportunidade."
Superstições: "Superstição é a minha fé, não é bem superstição. Tenho uma camisola de Nossa Senhora, acredito muito nela, hoje fui rezar, fui ao santuário, agradeço a ela tudo o que tem feito por mim e por esses meninos."
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