O treinador sente o apoio do seu país na grande final da Libertadores frente ao Santos.
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Abel Ferreira, o português que treina o Palmeiras, perspetivou esta sexta-feira a final da Taça dos Libertadores, entre a sua equipa e o Santos, no Estádio do Maracanã.
Sobre o Maracanã: "É uma oportunidade única, uma honra estar aqui. O Maracanã significa o templo do futebol."
Vibração: "Amanhã (sábado) Portugal será do Palmeiras. Mas é verdade que já houve um treinador que abriu portas para nós."
Preparação: "Cada jogo tem uma história, eu particularmente vou fazer o que sempre fiz. Preparar-me bem, os jogadores, estar atento aos detalhes. Não vou fazer o que não sei fazer, vou seguir os mesmos rituais, vou acreditar em quem tenho de acreditar, os jogadores. Mais do que nunca temos de ficar em primeiro para nós próprios. Adversário merece respeito, belo trabalho ao longo do trajeto. Temos de ser fiéis à nossa forma de atacar, de defender. Não há outra forma, é a nossa identidade. O que nos guia é a bola, quando a temos e quando não a temos. Tem um adversário que procuramos dizer os detalhes, mas temos de impor nosso jogo. Do outro lado vai ter um rival que vai querer o quanto nós. Que no final possamos seguir o plano de jogo e no final sermos vencedores. É um jogo só, nosso objetivo alem de chegar é chegar e ganhar."
Rony: "Gosto de falar da equipa completa. Depende de quem passa a bola, da ajuda de defender. Rony tem sido chamado a jogar na ponta ou avançado, dá-nos um jogo vertical, velocidade, ajuda a defender, assim como Willian. São dois jogadores com características diferentes, mas com grande desempenho. Dizer que é um jogador focado, desde que cheguei vi coração e mente abertas para aprender o novo conceito de jogo coletivo. Somos muito específicos, os movimentos que pretendemos para conquistar ou libertar espaços. É um jogador com muita energia, garra, tem feito golos importantes e decisivos. Conto com a inspiração dele, de início ou a entrar."
Ansidedade: "Essa ansiedade é normal, comigo, com Tite, com Klopp, Mourinho, Messi, Ronaldo. É normal comigo, com o Cuca. A gente está a trabalhar, a descansar bem, para fazer um grande jogo. A ansiedade está aí, mas vamos desfrutar o momento. É um momento único, poucos jogadores conseguem jogar uma final de Libertadores. Há pressão, ansiedade, mas a gente também trata de desfrutar o momento. Se um jogador dz que não está ansioso é mentira. É normal."
Pandemia: "Infelizmente a nÍvel mundial temos de ter cuidado. Essa batalha não está ganha. Aí sim estamos a falar de vida ou de morte, temos de ter todo o cuidado. Procuramos dar o exemplo. A mim enquanto pessoa deixa-me preocupado saber que se a minha família quiser vir para o Brasil agora não pode. Portugal está todo fechado em casa. Isso preocupa. Adoro futebol, mas adoro viver, as pessoas. A vida cria esses obstáculos. Ter cuidado não só por mim, pelo próximo. Essa pandemia vai trazer valores que tínhamos esquecido."
Quem tem mais pressão: "Eu nem penso nisso, não sei quanto o Palmeiras gastou, se contratou. O que eu sei é que amanhã temos uma oportunidade, trabalhamos muito para chegar até aqui. Posso dizer que estamos prontos. Não posso dizer o que vai acontecer no final, não sou mágico. Nós sabemos o que temos de fazer. Essa é a nossa certeza, a nossa confiança. É isso que vamos procurar, desde o começo, por em prática o que sabemos fazer, que é jogar em alto nível."
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