Inversão de papéis: 60 anos depois, a "retribuição" dos treinadores portugueses
Os técnicos brasileiros já foram fonte de inspiração para os portugueses, hoje passa-se o contrário.
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Mais de 60 anos depois, os treinadores portugueses estão a retribuir ao país irmão aquilo que os técnicos brasileiros fizeram pelo desenvolvimento do futebol nacional.
Nome incontornável da história do desporto-rei em Portugal é Otto Glória. Natural do Rio de Janeiro, chegou em 1954 ao Benfica e foi um dos impulsionadores da profissionalização dos jogadores e do alargar da base de recrutamento.
Deixou os alicerces que Gutmann desenvolveu para construir o edifício que levaria as águias por duas vezes à glória continental. Otto Glória é o técnico mais vezes campeão em Portugal (três títulos no Benfica e dois no Sporting) e foi o treinador da Seleção que alcançou o terceiro lugar no Mundial'66 - Manuel da Luz Afonso era o selecionador.
Treinou também Belenenses e FC Porto e na segunda passagem pelo Benfica disputou a final da Taça dos Campeões de 1968, perdida para o Manchester United.
Yustrich, nascido no mesmo ano de Otto Glória, mas em Belo Horizonte, foi outro treinador brasileiro que deixou a sua marca, nomeadamente no FC Porto, que levou ao título em 1956, quebrando um jejum de 16 anos.
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