Dino Besirovic, médio com nacionalidade portuguesa a jogar no AIK Estocolmo, aponta sucesso ao luso-angolano Rui Modesto na Udinese, que foi uma transferência sensação no mercado de Inverno. Filho de antigo craque jugoslavo em Portugal, ainda pensa voltar ao país onde cresceu
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Dino Besirovic, médio-ofensivo de 30 anos, de nacionalidade portuguesa, a jogar na Suécia, no AIK Estocolmo, filho de Nail Besirovic, antigo médio que desfilou classe no Académico, Académica, Espinho, Farense e Leixões, falou, além do jogo entre Elfsborg e Braga, do companheiro Rui Modesto, lateral/extremo direito, que se transferiu no mercado de inverno para a Udinese.
Formado no Vitória de Setúbal, o luso-angolano desenvolveu-se na Finlândia e Suécia antes de chegar ao Calcio, deixando o AIK com números de participação em golos muito acima da média: 9 golos e 6 assistências em 25 jogos. Ainda sem lugar no onze do conjunto de Udine, já conseguiu, entretanto, abrir as portas da seleção de Angola. "O Rui era um grande companheiro, um grande amigo, era o nosso melhor jogador e temos sentido a falta dele. Quando o tínhamos do nosso lado, era bola longa para ele correr e fazia sempre golos ou assistências", recorda Besirovic, que foi sénior em Portugal no Académico de Viseu e no Sampedrense, após ter feito formação no Leixões e também no Académico.
Um partir de baixo semelhante a Rui Modesto, atualmente com 25 anos que arrancou o seu trajeto no Estrela Vendas Novas. A crença num futuro sorridente do amigo é inesgotável." Ele chegou tarde a Itália, o campeonato já tinha arrancado e acho que ele precisa de um tempo para se impor. Quando acontecer vai mostrar toda a qualidade que tem e ajudar imenso a Udinese", ressalvou Dino, falando também da sua realidade na Suécia, onde cumpre a segunda temporada, após chegar da Hungria. Já jogara também na Bósnia, país das raízes da família, e na Croácia. "Estou muito satisfeito no AIK, um clube grande com os melhores adeptos da Suécia. É certo que a equipa não começou bem o campeonato mas agora vamos defender o terceiro lugar na última jornada", disse, esperançando em merecer em breve um regresso a Portugal, onde cresceu até aos 10 anos, voltando aos 17 para prosseguir mais alguns, antes de internacionalizar a carreira. "Gostava imenso de voltar a jogar em Portugal, vou várias vezes com a família de férias a vários locais. É o melhor país do mundo, é lindíssimo", atesta, aceitando comparar-se ao pai, Nail Besirovic. "Ele era um médio que corria muito, eu também o faço, no fundo somos parecidos. Mas tenho de ser honesto, ele teve mais qualidade do que eu", admite Dino, que foi autor de um golo na última derrota do Elfsborg, adversário do Braga, no campeonato sueco.