Antigo avançado do Manchester United considera que a "ética de trabalho" de Salah está relacionada com a recente onda de maus resultados do Liverpool, que perde há três jogos seguidos
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Wayne Rooney, antigo avançado do Manchester United, visou esta segunda-feira a "ética de trabalho" de Mohamed Salah, considerando que está relacionada com a recente má forma do Liverpool, que perdeu os últimos três jogos que disputou frente ao Chelsea, Galatasaray e Crystal Palace.
Em declarações ao seu podcast, Rooney considerou que, quando Salah não é decisivo com golos ou assistências, ganha maior importância o facto de, na sua ótica, o extremo egípcio não ajudar o suficiente os "reds" em momentos defensivos.
"Nós sabemos que ele não recua e defende tanto, mas no jogo do Chelsea [derrota por 2-1], o lateral do seu lado estava a ser arrasado e ele ficou a olhar. Ele não está a recuar e a ajudar e jogadores como Virgil van Djik [capitão do Liverpool] e os líderes do balneário deveriam dizer-lhe que tem de ajudar. Isso foi uma preocupação e acho que ele pareceu um pouco perdido ao longo da última semana. Quando tudo está a correr bem e estás a marcar golos e a vencer jogos, a equipa atura isso, mas na última semana, eu questionaria a sua ética de trabalho", apontou.
Rooney considerou ainda que Salah, aos 33 anos, beneficiaria de uma mudança de posição no ataque dos "reds", aproveitando para recordar como Alex Ferguson, seu antigo treinador no United, adaptou Cristiano Ronaldo de forma a que a sua pouca contribuição defensiva não prejudicasse demasiado a equipa.
"Quando ficas um pouco mais velho, penso que Arne Slot [treinador do Liverpool] poderia ter olhado [para Salah] e pensado: 'O Chelsea está a matar-nos no flanco'. Que o mova para o meio e meta Florian Wirtz no seu lugar, para que ainda tenha essa ética de trabalho e o brilhantismo de Salah para tentar marcar golos. Os melhores treinadores veem coisas destas e adaptam-se. Não estou a dizer para o deixarem fora da equipa. Tínhamos isso com Ronaldo no United, que também não recuava, então 'Fergie' [Alex Ferguson] colocava-o no meio, para que ainda tivéssemos equilíbrio na equipa e o trabalho pudesse ser feito", aconselhou.