Rakitic diz que não é nenhum saco de batatas "para os outros fazerem o que querem"

O croata Ivan Rakitic, do Barcelona, não gosta de ouvir pessoas de fora a discutirem o seu futuro pessoal como se ele não tivesse palavra a dizer sobre o assunto.

Em entrevista ao "Mundo Deportivo", o jornalista perguntava-lhe se, face à crise financeira provocada pela pandemia, ele, Rakitic, se via competir noutras ligas, como a italiana ou a inglesa. Ora, o jogador, que já sabe muito bem onde quer prosseguir o seu futuro, nem quer ouvir falar de outras ligas que não a espanhola.

"Eu percebo a pergunta, mas eu não sou nenhum saco de batatas com o qual se possa fazer tudo o que se quiser", respondeu, rispidamente.

"Eu estou sempre à disposição para falar e, mais importante do que isso, quero estar num lugar onde me queiram, onde me respeitem, onde precisem de mim e onde eu e a minha família nos sintamos bem", acrescentou.

E qual é esse lugar? Nem mais nem menos do que a equipa atualmente liderada por Julen Lopetegui, o Sevilha, clube que Rakitic começou por representar no futebol espanhol.

"Tenho um carinho especial por Sevilha e, mais concretamente, à cidade, que é onde vive a minha família. Sempre disse que seria um sonho voltar a vestir aquela camisola, toda a gente sabe isso. Não é uma decisão só minha, de ser só eu a querer ou não, há mais fatores por trás. Monchi [diretor desportivo do Sevilha] tem o meu número de telefone, todos em Sevilha o têm e ainda ninguém me ligou. Aliás, ainda noutro dia fiz anos e o Monchi não me ligou (risos)", contou.

Mas apesar de reconhecer que o seu futuro envolve mais pessoas, o médio frisa, mais à frente na entrevista, que a última palavra será sempre dele: "Se o meu futuro passar pelo Sevilha, encantado. Se não passar, que seja num sítio decidido por mim e não por qualquer outra pessoa num sítio que lhe dê nas ganas. Já sabem muito bem que esse tipo de atitudes não me agrada.""

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