UM A UM >> Análise ao desempenho individual dos jogadores da Seleção Nacional na vitória, por 1-0, na Islândia
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Diogo Costa 5
Passou por calafrios, nada desesperantes, em remates de Palsson e Willumsson.
Rúben Dias 6
Seguro quando a Islândia apertou no jogo aéreo. E foi o primeiro a ameaçar marcar, proporcionando boa intervenção de Runnarson.
Pepe 6
Sem tormentos, só ficou marcado por um atropelo de Finnbogason.
Danilo 5
Foi central, médio sem comprometer nem acrescentar. Nunca conseguiu construir com lucidez.
Diogo Dalot 6
Consciente, cresceu no jogo, muito consistente e mais dinâmico na segunda parte.
Rúben Neves 5
Pouco preponderante, fez circular a bola com critério, desprovido, porém, de acutilância no último passe.
Bruno Fernandes 4
Extraordinário contra a Bósnia, evaporou-se em Reiquiavique, estranhando posicionamentos coletivos.
João Cancelo 5
Adaptado à esquerda, foi liberto um par de vezes para cruzamentos que criaram relativo temor na área contrária. Sem confiança nem conforto para cavalgar.
Cristiano Ronaldo 6
Deu-se ao jogo mas também aos foras de jogo. Errático e precipitado muitas vezes. Deu troco decisivo a quem o via desinspirado e engoliu as marcações contrárias, pele de matador na cara de Runnarson, a tempo de celebrar com propriedade as 200 internacionalizações.
Rafael Leão 6
Na fase inicial, os seus arranques pareciam capazes de causar estragos. Não teve contundência na definição do passe e do remate, sem deixar de desgastar a defesa contrária.
Gonçalo Inácio 6
A entrada do central do Sporting acabou por ser vital e até ter efeito desbloqueador. Numa dividida cavou o segundo amarelo a Willumsson e, perto do fim, foi à frente fintar o fora de jogo e, com frieza, oferecer o golo a Ronaldo, quando podia ter procurado marcar ele mesmo.
Raphael Guerreiro 5
Deu mais frescura, correria e busca de brechas na bem organizada defesa da Islândia, sem ter, porém, qualquer marca expressiva.
Otávio 5
Deu mais arreganho à equipa, mais aproximação coletiva à área da Islândia e isso também empurrou Portugal para a vitória numa fase que a Islândia suplicava tréguas.
Vitinha 6
Com ele em campo, os passes entre linhas ganharam outro brilho e clamor de perigo. Ajudou a encolher e a sufocar uma Islândia já inferiorizada nos recursos disponíveis.
Jota -
Esperou a validação do golo para ver quem rendia.
A FIGURA >> Bernardo Silva: 7
Quando se libertou o jogo mudou
Do desconforto absoluto na primeira parte ao inventar de soluções na segunda metade, acelerando o raciocínio, variando as ações e pondo até nervo em algumas disputas. Mais forte a reclamar a bola, incisivo a procurar os espaços, engendrando jogadas que foram desequilibrando a defesa islandesa. Apenas o defesa Pálsson, anulando o perigo no último instante, contrariou as ideias do génio silencioso, com estatuto de campeão europeu. O crescimento foi feito de deambulações da direita para o centro , adornos ou passes cirúrgicos. Decisivo no centro que ditou o triunfo e desarrumou a Islândia.