Multas e passado ligado a Madoff: o historial da JPMorgan que financia a Superliga
Banco de investimento está por trás da nova competição
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A JPMorgan Chase & Co, banco de investimento norte-americano, anunciou que está por trás do financiamento à nova Superliga Europeia, prova que conta com 12 fundadores, à revelia de UEFA e FIFA.
"Posso confirmar que estamos a financiar a prova, mas não tenho mais comentários a acrescentar de momento", disse um porta-voz à agência de notícias francesa France-Presse.
No entanto, a entidade tem como cartão de visita um largo historial de multas bem pesado. A mais recente ocorreu em setembro do ano passado, ao pagar uma multa histórica de 920 milhões de dólares por manipulação no mercado dos metais preciosos durante mais de oito anos. Foi a maior penalização de sempre imposta pela Comissão de Negociação de Contratos Futuros de Commodities.
Mas antes a JP Morgan já teve outras penalizações bem mediáticas, a mais conhecida remontando a 2014, ano em que aceitou cerca de dois mil milhões ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos, num acordo para encerrar uma acusação em tribunal por ter ignorado as evidências de conduta fraudulenta por parte de Bernard Madoff, o gestor condenado a prisão perpétua em 2008 por ter criado um esquema de pirâmide financeira que tirou mais de 50 mil milhões de dólares a Wall Street.
Na altura em que o pagamento desses dois mil milhões de dólares foi anunciado, o The Guardian lembro que a JPMorgan tinha largado mais de 28 mil milhões de dólares nos últimos três anos.