FIFPro exige uma maior proteção para futebolistas e um calendário "mais razoável"
Entidade que defende os direitos de futebolistas profissionais publicou uma carta aberta com reparos (reiterados) às diversas organizações de competições de alto nível
Corpo do artigo
A Federação Internacional de Associações de Futebolistas Profissionais (FIFPro) exigiu, este sábado, uma maior proteção de saúde e segurança para atletas e garantiu continuar a pressionar a FIFA para que o calendário de competições seja "mais justo e razoável" no futuro.
"Chegou a hora de mudar. É tempo dos jogadores - através dos sindicatos - se sentarem na posição que lhes é devida no jogo. Nos próximos meses, negociaremos, em seu nome, com a FIFA e outros interessados, à medida que pressionamos por um calendário mais justo e razoável, condições mais equitativas e maiores salvaguardas e proteções dentro e fora do campo", pode ler-se numa carta aberta da FIFPro.
Na missiva, publicada no sítio oficial da entidade que defende os direitos de futebolistas profissionais, é frisado que, pese a negociação de protocolos de proteção de saúde e segurança face à pandemia, "as condições locais de alguns dos torneios atuais deixam muitos atletas com grandes preocupações".
Ademais, a FIFPro detalha que, desde o corrido ano de 2017, "mulheres e homens futebolistas de todo o mundo têm-nos dito que o calendário de competições não atende adequadamente, ou sequer considera, as suas necessidades" físicas e mentais, algo que, de resto, tem sido alvo de reparos por parte de diversos agentes.
A FIFPro acusa, na mesma carta aberta posta este sábado, os órgãos governamentais desportivos como "o Comité Olímpico Internacional", conforme elenca, de desencorajar os jogadores profissionais na "vigorosa" luta, feita "durante anos", pela igualdade e de combate "à discriminação".
A entidade federativa sublinha, por último, que a voz do jogador profissional "é a mais importante" na discussão com a FIFA por maior proteção de saúde e segurança e equilíbrio no calendário de competições, pedindo aos mesmos "contribuição contínua, liderança, apoio" e transmissão de "posições e convicções".