Fernando Santos: "A Seleção é aberta, não tem idades, não olha para o BI"
Em declarações ao Canal 11, o selecionador Fernando Santos fez uma análise ao grupo de Portugal na fase de qualificação para o Mundial de 2022.
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Em que mês gostaria de enfrentar as seleções mais fortes do grupo?
"Não gostava de as encontrar em situações invernosas. São campos difíceis, com tempo de chuva, neve... isso pode condicionar a qualidade técnica dos jogadores. Também queria que a viagem ao Azerbaijão fosse cedo."
Problemas colocados pela Sérvia: "É uma seleção que sempre oscilou na organização de jogo. Tem vindo a tentar melhorar e a tornar-se mais forte nesse aspeto. Em termos individuais, tem jogadores com enormíssima qualidade. E também é uma seleção que tem sempre gente nova a aparecer, com muita qualidade. Temos muito respeito, mas acredito que Portugal é melhor."
Pontos fortes da República da Irlanda: "Defendem bem, privilegiam o contacto físico. A qualidade técnica não é o seu forte, mas são fortíssimos fisicamente."
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Ter ou não ter público: "Os jogadores portugueses são muito experientes, não sofrem com isso. Até acho que a ausência de público se nota mais nos jogos em casa, do que fora. Fora, até motiva, de alguma forma. Em casa, pesa mais. Muitas vezes os jogos não correm bem e o público empurra a equipa.
Vai continuar a haver uma transição suave de gerações? "Acho que não é preciso apregoar aos quatro ventos, as coisas acontecem com naturalidade. Não é por força do que quer que seja. A Seleção é aberta, não tem idades, não olha para o BI. Olha para a qualidade dos jogadores e depois escolhe 23."
Um Mundial é muito diferente de um Europeu? "Traz mais seleções de altíssimo nível. Pelo menos o Brasil e a Argentina, que aparecem sempre como favoritos à vitória. Mas em termos de competitividade, não sei se o Europeu não acaba por ser mais apertado. Mas da América do Sul vêm sempre três ou quatro seleções de qualidade. Talvez esta seja a prova rainha. No entanto, primeiro está o Europeu, no próximo ano, e queremos defender o título. Não vamos já saltar para o Mundial."