Disputa salarial entre o avançado francês do Real Madrid e o PSG, a quem reclama 55 milhões de euros não pagos da sua última temporada, vai ser decidida nos tribunais comuns
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A equipa de advogados de Kylian Mbappé anunciou esta quinta-feira, em conferência de imprensa, que vai “partir para a ofensiva” no caso da disputa salarial entre o avançado francês do Real Madrid e o PSG, a quem reclama 55,4 milhões de euros não pagos da sua última temporada.
O caso, que vai ser decidido nos tribunais comuns, como o PSG pretendia, depois de a Comissão Superior de Recurso da Federação Francesa de Futebol (FFF) ter desistido de o deliberar, tem subido de tom com o passar dos meses, com os advogados de Mbappé acusarem o seu antigo clube de ter arrastado este processo de propósito para tentar “esgotar os recursos” do seu cliente.
Nesse sentido, revelaram que conseguiram um arresto cautelar dos 55,4 milhões de euros das contas do emblema de Paris, até que uma decisão final seja conhecida.
"Estamos absolutamente convencidos de que o tribunal do trabalho terá todo o interesse em conhecer as regras e os códigos do PSG, que não são exatamente iguais ao Código do Trabalho. Alguns exemplos: a regra que consiste em não emitir um recibo de vencimento quando ainda se tem um jogador sob contrato; a regra que consiste em não pagar as contribuições para a segurança social; a regra que consiste em não emitir um acordo final quando o jogador terminou o contrato", apontou Frédérique Cassereau, um dos representantes legais do avançado.
"O tribunal do trabalho também estará muito interessado em descobrir os métodos utilizados. Não se trata de um jogo, mas de um método que consiste em marginalizar, desestabilizar e até humilhar. Há também o método do exército digital, que existe de facto. E depois há todas as pequenas táticas quotidianas de intimidação, destinadas a quebrar o moral dos jogadores, colocá-los sob pressão e a obrigá-los a assinar uma alteração ao seu contrato de trabalho. Toda esta orquestração causou danos incomensuráveis", acrescentou.
Os advogados do PSG pretendem ainda que a FFF “indique à UEFA a existência de um pagamento pendente que privaria o PSG da sua licença para a Liga dos Campeões de 2025-2026”.
Está prevista uma audiência no Tribunal Judicial de Paris para 26 de maio.