"Acordei com o Daniel excitado sobre o meu corpo": os detalhes do depoimento da mulher do homicida
Cristiana Brittes revelou todos os acontecimentos antes do assassinato de Daniel Corrêa.
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Os depoimentos de Cristiana e Allana Brittes, esposa e filha do homem que confessou ter assassinado Daniel Corrêa, foram reproduzidos na íntegra pelo jornal Tribuna do Paraná. As duas mulheres foram ouvidas na segunda-feira pela Polícia Civil de São José dos Pinhais, encarregue de investigar o violento homícidio do ex-jogador do São Paulo, e as versões coincidem.
Ambas referem que a festa dos 18 anos de Allana decorreu de forma tranquila no dia 26 de outubro numa discoteca no Brasil, mas que Daniel se fez de convidado para continuar a festa em casa da família Brittes. Foi aí que Daniel terá sido apanhado em cima de Cristiana, numa alegada tentativa de violação que terá dado início às agressões de Edison Brittes.
No depoimento, Cristiana afirma que nunca tinha conversado com Daniel, apesar de já o ter visto na festa de Allana em 2017. Segundo a imprensa brasileira, Allana vestiu os calções de pijama à mãe sem retirar a roupa que Cristiana tinha usado durante a festa na discoteca, deixando-a no quarto. Nessa altura, Edison teria saído para ir buscar bebidas depois de ter recebido Daniel, o amigo Lucas "Mineiro" e mais três amigas. Foi na ausência de Edison que uma prima de Cristiana, que estava hospedada na casa da família Brittes, terá visto Daniel entrar no quarto do casal, tendo o ex-jogador alegadamente comentando que ia apenas "fazer xixi". No entanto, Daniel não saiu do quarto.
Cristiana revelou que acordou com o ex-jogador deitado sobre o seu corpo e, assustada, começou a gritar. A esposa do homicida alegou que Daniel estava "excitado, com o pénis ereto e a usar apenas os boxers, passando a mão pelo corpo e dizendo: 'calma, é o Daniel'". No mesmo depoimento, Cristiana afirma que Daniel estava com "o pénis de fora e esfregava-o no meu corpo", mas que nunca lhe chegou a tirar a roupa. Foi aí que, aos gritos, Cristiana pediu socorro, tendo sido Edison a primeira pessoa a entrar no quarto. Deparado com a cena, o marido de Cristiana terá agarrado Daniel pelo pescoço e começado as agressões, numa altura em que a mulher saiu pela janela do quarto.
As agressões, conta Cristiana, foram levadas a cabo pelo marido e por mais três homens, mas a mulher revelou que tentou que Edison parasse de agredir o ex-jogador do São Paulo. No depoimento, Cristiana revela que só se lembra de ver Daniel já na parte de fora da casa, caído no chão e sem conseguir dizer nada, afirmando também não saber quem colocou Daniel dentro da mala do carro nem se Edison pegou ou não numa faca dentro de casa.
Quando o marido e os três homens regressaram a casa, depois de terem largado o corpo mutilado do jogador num matagal, Cristiana afirma que nenhum deles falou sobre o sucedido, falando também sobre as manchas de sangue que ficaram em casa dos Brittes, afirmando não saber dizer "quem foi responsável por limpar tal sujeira e que nenhum outro local foi sujo por sangue".