Clube açoriano desceu aos campeonatos regionais depois de um longo período de 27 anos consecutivos nas competições nacionais
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Três épocas depois de ter estado a lutar pela subida à II Liga (2014/15), o Operário caiu nos campeonatos regionais e terminou um ciclo de 27 presenças consecutivas em provas nacionais, perdendo, também, o estatuto de clube açoriano com maior longevidade em provas organizadas pela FPF.
A má época do Operário, marcada por grandes dificuldades financeiras, conheceu ontem mais um episódio negro com a goleada (5-1) sofrida na final da Taça de S. Miguel, frente ao Rabo de Peixe, que impediu a equipa de André Branquinho de alcançar outro dos objetivos do clube em 2017/18. Apesar da queda para os regionais, o treinador já manifestou total disponibilidade para orientar a equipa e devolvê-la ao Campeonato de Portugal. "Se o Operário tivesse garantido a manutenção eu anunciava já que não seria mais treinador da equipa, mas atendendo à descida e porque quando vim o clube estava no Campeonato de Portugal, estou totalmente disponível para continuar e voltar a colocar o clube no patamar competitivo que merece", realçou o treinador de 34 anos, natural de Lagoa.
A estreia do Operário em competições nacionais aconteceu em 1991/92, na III Divisão, Série E, e durante este longo tempo de presenças em provas organizadas pela FPF, o clube da cidade açoriana de Lagoa apenas por uma ocasião registou uma descida de divisão. Aconteceu na época 2002/03, quando a equipa então treinada por Filipe Moreira desceu da II Divisão B, Zona Sul, à Série Açores da III Divisão. A passagem foi efémera já que na época 2003/04 o clube arrecadou o título de campeão da Série Açores (o segundo da história). Pelo clube passaram treinadores como o "magriço" Jaime Graça (1992/93 e 1993/94) e jogadores como Pauleta, antigo internacional português que atuou nas épocas 1992/93 e 1993/94.