Javier Tebas, presidente da Liga espanhola, falou aos jornalistas à margem da assembleia geral da European Leagues.
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Javier Tebas, presidente da Liga espanhola, falou aos jornalistas esta sexta-feira, após a assembleia geral da European Leagues que decorreu em Lisboa. A criação de uma Super Champions (uma espécie de superliga europeia elitizada) e a distribuição de receitas através dos mecanismos de solidariedade da UEFA são duas grandes preocupações.
"Na Liga [espanhola] temos claro que não vai haver essa Super não sei o quê, nem reformas estranhas da Champions com projetos muito perigosos para o futebol dos países", afirmou.
"Sou contra que nos obriguem a reduzir de 20 para 18 clubes na liga espanhola, que é uma característica dela, ou em reduzir a liga belga. Sou contra um fim de semana que não seja para as competições nacionais, é a traição do futebol. Também sou contra que as provas europeias mudem a sua forma de competir, com quatro grupos de oito, uma classificação histórica, modelos que vão destroçar o futebol europeu, mas também os grandes clubes. São ideias de bar, às cinco da manhã, de fim de festa onde alguém diz 'vamos fazer isto' sem analisar os efeitos. Os clubes têm à sua frente pessoas muito capazes mas não fizeram nenhum estudo. Ninguém vai poder obrigar a liga espanhola ou outra qualquer a modificar o seu formato de competição. Vamos impugnar tudo, seja em Bruxelas ou noutro local qualquer", continuou Javier Tebas
"Em Portugal, a liga mais importante é a portuguesa... Estamos a falar de um ataque direto às competições nacionais, em Portugal ou em Espanha. Serão bons companheiros de viagem pois defendemos a mesma autonomia, os postos de trabalho, a indústrias e centenas de jogadores. É um ataque à indústria"