Treinador desejava ataque à profundidade, que falhou e explica o apagamento de Gyokeres em certos momentos em Faro. Faltou certeza com bola e garra na reação à perda da mesma. Técnico salientou ao grupo a necessidade de desmobilizar os defesas, ainda para mais em superioridade numérica, antes de cruzar. Foram 29 centros, o valor mais elevado desta época do Sporting na Liga.
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O jogo com o Farense terminou com a vitória do Sporting, por 3-2, e com a primeira liderança isolada da Liga desde a última jornada do ano do título em 2021, mas há aspectos a corrigir e, ontem, Rúben Amorim, sabe O JOGO, incidiu na definição com bola, exibindo preocupação pela forma como a equipa geriu o resultado em vantagem numérica e também pelo modo como demorou a reencontrar-se após o empate do Farense.
O primeiro ponto abordado foi a demora a tentar ferir o adversário - a aposta em Paulinho ao intervalo, para jogar na frente e recuar Pedro Gonçalves, foi justamente para forçar o ataque. Anteontem, foram apenas 29 os passes longos a tentar explorar a profundidade, o registo mais baixo na Liga este ano e bem longe do registo frente a Rio Ave (60) e Braga (55), por exemplo. O desaparecimento de Gyokeres do processo ofensivo durante largos minutos, no fim da primeira parte e início da segunda, foi disso reflexo. Depois, verificou-se uma verdadeira obsessão pelos cruzamentos (29), batendo os registos até aqui encontrados - 26 de Moreirense e Vizela. Uma opção que não satisfez porque, no entender do treinador, a jogar com mais um, a equipa deveria diversificar a forma de encontrar a baliza adversária e procurar combinações para cansar o adversário.
E nesse capítulo, Amorim questionou a reação da equipa ao golo do empate sofrido (2-2), mostrando ansiedade com a bola no pé, optando por despejar na área sem desmobilizar os centrais algarvios. Apesar disso, o Sporting somou o jogo com mais remates (24) e acertou dez vezes na baliza, um registo positivo. O técnico interpretou alguns erros de posicionamento defensivo a tapar a saída de bola contrária: foi o jogo com menos duelos disputados (47, a média é de 57) e o segundo jogo da Liga com menos interceções (26), longe dos 48 em Braga e Vila do Conde. Alguma apatia permitiu a uma equipa com dez homens, desde os 18", nove tiros à baliza, o segundo maior registo de um rival na época, apenas atrás dos 13 do Casa Pia. A ordem é melhorar a mentalidade competitiva.
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