Colocação dos colegas é responsabilidade do guardião e vai receber especial atenção em treino. Apesar de ter a confiança de Amorim, a reação e agilidade do guarda-redes também alarmou. São três golos sofridos de livre direto nesta Liga: encaixara apenas dois nos três anos anteriores.
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Adán encaixou dois golos de Mattheus Oliveira de livre direto, momentos de inspiração do brasileiro do Farense, mas que deixaram expostas fragilidades do Sporting e do seu guarda-redes nesse tipo de bola parada. Rúben Amorim dá total responsabilidade ao guardião na altura de formar as barreiras, sendo este quem orienta o posicionamento dos atletas e decide, na maioria das vezes, quem se deve colocar como opositor do remate.
O trabalho de casa tem de ser afinado em Alcochete e a própria atitude coletiva é importante na altura do remate, mas Adán vai receber especial atenção a estes pormenores durante os próximos tempos, ao que O JOGO apurou. A velocidade de reação e posicionamento são outros parâmetros a avaliar.
No primeiro lance, o espanhol foi surpreendido por Mattheus e demorou a dar um passo à direita antes de se estirar. Não era uma bola indefensável, mas Oliveira aproveitou falhas nessa mesma barreira: o remate no 1-2 fez a bola passar por cima de Pedro Gonçalves - um dos mais baixos em campo e que se colocara ao lado de Gyokeres e Hjulmand. No segundo golo do filho de Bebeto, a bola contornou Pote, aproveitando uma barreira chegada à esquerda e que se abriu a meio. Já Adán estava muito à esquerda e abriu o seu poste direito, ferro que ainda anichou a bola na baliza e que, considera Amorim, tira alguma culpa ao guarda-redes.
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Ninguém desconfia da capacidade de Adán e a forma como é lesto a sair dos postes dá garantias. No entanto, estão a avaliar-se os tempos de reação do guarda-redes na bola parada, quando está com os apoios fixos. Os 36 anos do guardião não têm sido uma preocupação para o treinador do Sporting, mas a agilidade vai estar sob escrutínio apertado nos próximos tempos.
Ainda esta época, em Braga, Djaló marcou de livre, também a cruzar a bola de pé esquerdo, sobre Trincão, o elemento mais externo da barreira e que nem saltou para evitar o tiro.
Renovação é cenário provável
Na negociação com os representantes de Adán, para renovar até 2024, ficou salvaguardado um prolongamento automático do contrato mediante um número de jogos. Adán é habitual titular e vai atingir, salvo alguma lesão prolongada, os desafios necessários. A avaliação dos dados de desempenho são uma constante, mas acredita-se que terá aptidão para defender a baliza até 2025. Apesar de em maio fazer 37 anos, o Bétis, onde foi titular quatro anos e meio, tem-no numa lista de alvos a baixo custo. Prova da aptidão e experiência do madrileno.