Atual jogador do Barcelona era um desejo de Jorge Jesus, mas só chegou a Alvalade depois de o treinador sair
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Raphinha é atualmente um das grandes figuras do Barcelona, num percurso iniciado no Avaí, que passou por Portugal (Vitória e Sporting) e ainda teve Rennes e Leeds como destinos.
"A gente até brinca aqui em casa, que, se fizermos uma série, ela teria muitos capítulos. Seriam muitas temporadas. Daria uma série legal. Todo o profissional constrói uma carreira única, cada um tem a sua maneira. Sempre tive um foco, sempre acreditei no meu potencial. Obviamente, quando ainda estava no Avaí, não me imaginava no Barcelona, mesmo sendo isso um sonho. Sempre pensei degrau a degrau, um dia após o outro, uma temporada após a outra. Sempre procurei dar o meu melhor", afirmou, numa entrevista à ESPN.
"O degrau a degrau ajudou-me muito como jogador, para ter o melhor entendimento dentro de campo e também como profissional. Compreender que o meu corpo é a minha ferramenta de trabalho. Entendi melhor o futebol em cada clube por onde passei. Foi o melhor que poderia ter acontecido à minha carreira. Começar muito em grande, num local muito grande, talvez nos faça pensar que não é preciso evoluir, não é preciso trabalhar. Penso diferente. Começar do nada, sonhar muito alto...", vincou.
Raphinha foi um pedido de Jorge Jesus no Sporting, mas quando trocou o Minho por Alvalade, em 2018, o treinador já tinha saído. "Eu já estava há dois anos e meio em Portugal, já acompanhava o trabalho dele no Sporting, mesmo sem saber que poderia ir para o Sporting. Quando soube do desejo, apresentaram-me o projeto e tal, falaram-me que era um desejo muito grande do treinador. Foi muito bom. O Sporting queria que me apresentasse antes da janela de inverno, mas o Vitória não aceitou essa opção. Falei com ele [Jorge Jesus] brevemente, inclusive joguei contra ele no último dia da janela. Tive até conversas com funcionários do Sporting, que me diziam para fingir uma dor, fingir alguma coisa para não jogar, e eu disse que o meu profissionalismo estava acima de tudo. Eles logo entenderam com quem estavam a lidar. Falei depois com o míster, ele disse que queria contar comigo então na temporada seguinte, mas, infelizmente não aconteceu. Cheguei lá e ele já não era mais o treinador", recordou.