Titular nos três últimos jogos, o marfinense atuou mais adiantado, na última jornada, no mesmo bom registo com que vem consolidando o seu espaço. Treinador que se preza tira o melhor proveito dos jogadores e Paulo Sérgio continua a fazê-lo, como no último jogo, quando Rui Gomes e Ricardo Matos saltaram do banco para selar a vitória. <br/>
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Paulo Sérgio gosta de mexer nas peças do seu tabuleiro e até no sistema de jogo sempre que as circunstâncias o exigem, seja pelo nome do adversário, seja por lesões e castigos. E gosta, também, de aproveitar a polivalência dos jogadores para "experimentar" novas soluções, procurando manter-se fiel à sua identidade. Foi o que sucedeu na partida da última jornada, frente ao Gil Vicente, em que lançou Ouattara numa posição quase de extremo.
O marfinense foi titular nos três últimos jogos e tem sido uma boa solução, quer a lateral direito (na ausência de Moufi ou com uma linha de três centrais), a sua posição de raiz, quer mais adiantado.
Ouattara é precioso nos momentos de transição defensiva e dá uma enorme ajuda nos lances de ataque, inclusive procurando finalizar. O ex-Guimarães, de resto, tem vindo a ganhar o seu espaço: nas primeiras quatro jornadas somava apenas 15 minutos de utilização e agora "ameaça" consolidar a titularidade. Num plantel quiçá mais equilibrado do que o da última época (o eixo central da defesa será a exceção), Paulo Sérgio tem tirado o melhor proveito dos jogadores e teve um ponto alto no já citado jogo de Barcelos, quando trocou os avançados Yago e Anderson por Ricardo Matos e Rui Gomes.
Golos cantados
Mesmo vitorioso em Barcelos, o treinador do Portimonense voltou a lamentar que, em termos de finalização, a sua equipa ainda não está no ponto. "Tivemos golos cantados e não conseguimos meter mais vezes a bola dentro da baliza", argumentou Paulo Sérgio, satisfeito, no entanto, com a conquista dos três pontos, algo que já não sucedia há umas semanas.