Declarações de Nélson Oliveira, avançado do V. Guimarães, após o apuramento para a fase principal da Liga Europa
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Se os golos para um avançado são importantes: “É importante marcar. É uma posição um bocado ingrata porque julga-se o nosso trabalho pelo número de golos. Às vezes fazemos exibições bem melhores e mais importante para a equipa mesmo sem fazer golos. A verdade é que há muita gente que nem o jogo vê e depois vai às aplicações e vê que marcaste um golo e acha que jogaste bem. Pronto, é o tempo em que vivemos. Tudo é traduzido em estatísticas. Honestamente, eu foco-me mais em ajudar a minha equipa e fazer as tarefas que o mister pede para fazer. Isto não é ténis, não é individual, não é sobre os golos que eu marco. É sobre ganharmos todos juntos. Por isso é que é futebol: 11 contra 11, os que estão de fora e os que não foram convocados. Eu foco-me sempre mais nas tarefas de equipa do que nos golos, mas claro que é importante fazer golos e fico contente quando marco”.
Se a experiência ajuda no balneário: “O papel de todos é relevante. O nosso grupo é bastante equilibrado no que diz respeito à experiência e à juventude. Temos bastante juventude e temos jogadores experientes que já passaram por alguns campeonatos e competições europeias. Esse misto de jogadores faz com que haja equilíbrio. Há momentos em que a experiência é importante, há momentos em que é importante a irreverência própria da juventude. Acho que a nossa equipa é bastante equilibrada”.
Além de marcar também tem de defender: “O mister pode confirmar que, se eu fizer só golos e não pressionar, certamente não vou jogar. Ele dá muita importância, e bem, a todos os momentos do jogo. Às vezes o ataque também começa nos defesas e na forma como saem da pressão e ligam o jogo às linhas mais ofensivas. Não é ténis e não são os avançados que marcam golos, é a equipa que marca golos. A equipa, se jogar bem, vai marcar mais golos. Se os onze jogadores correrem e pressionarem, a equipa também vai defender melhor consequentemente. É um trabalho de equipa. O mister passa-nos essas ideias de pressionar todos juntos, ocupar bem os espaços, ter qualidade a jogar desde trás. Acho que estamos de parabéns. Fizemos história, entramos numa fase adiantada da Conference League e somos a primeira equipa portuguesa a consegui-lo. É um percurso espetacular com 17 golos marcados e nenhum sofrido. Um clube como o Vitória tem de estar sempre nestas fases. Sabemos que vai ser uma época exigente com um calendário apertado, mas gostamos é disso. O Vitória tem de estar habituado a jogar as competições europeias e a calendários assim”.
Objetivo para a Liga Conferência: “Objetivo de avançar há sempre porque, se não houver, não valia a pena jogar e cedíamos o lugar a outro clube para que pudessem jogar por alguma coisa. Vamos para a fase de liga com objetivo de passar. Vamos encontrar boas equipas, mas a nossa também é uma boa equipa. Agora, neste momento, vamos festejar este feito histórico. Estamos todos de parabéns: equipa, clube, adeptos que viajaram e os que não viajaram. Aproveito para mandar um abraço aos jogadores que ficaram em casa e estão lesionados. O Tiago [Silva] e o Jorge [Fernandes], que teve uma lesão mais complicada. Fazem todos parte desta equipa e o nosso grupo é unido. Vamos festejar esta vitória e esperar pelo sorteio e vamos pensar no jogo de domingo com o Famalicão. Vai ser um jogo difícil e competitivo como são todos”.
Festejos no balneário após o apuramento: “O DJ é sempre o Varela. Para além de ser um bom capitão e um bom guarda-redes, é um bom DJ. Não sei se ele vai passar a vez a alguém, talvez ao Zé Carlos. Não faço ideia, mas ele é efetivamente um bom DJ. Eu gosto de deep house e reggaeton também. Não caía mal para festejar. No entanto, eu não me meto muitas andanças porque sou um bocado old school. Ia escolher músicas que o Zé Carlos e o Manu talvez nem conheçam porque não é do tempo deles. Não entro muito nessas questões”.