Nos quatro primeiros meses, o brasileiro somou 1591 minutos, dois golos e cinco assistências. Nos últimos três, jogou dez por cento do tempo e só teve uma ação decisiva: passe para um golo de Soares
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Otávio foi um dos destaques da primeira metade da época do FC Porto, com grandes exibições e um golo importante ao Copenhaga, mas os últimos meses têm sido bem diferentes. Uma lesão na parede abdominal (uma pequena hérnia inguinal) levou o brasileiro à mesa de operações em dezembro e a "ressaca" desse problema parece que ainda não passou. Isto porque o rendimento caiu a pique desde que voltou à competição, em meados de fevereiro.
Em Braga, Otávio foi lançado a sete minutos do fim, mas praticamente não tocou na bola e ainda se envolveu em picardias e viu um amarelo. Nos últimos jogos, somou poucos minutos e apenas uma ação importante: aconteceu na única vez em que foi titular depois da operação, com o Tondela, em que ofereceu um golo a Soares.
Os números revelam um Otávio bem diferente antes e depois da operação à hérnia inguinal. Nos primeiros quatro meses da época, de agosto ao início de dezembro, foi titular indiscutível (20 jogos nessa condição), somando 1514 minutos de utilização entre campeonato, Taça de Portugal e Liga dos Campeões. Fez dois golos, ao Copenhaga e ao Gafanha, e ofereceu mais cinco: Felipe (Roma), Herrera (Rio Ave), André Silva (Boavista, Nacional) e Layún (Brugge).
Depois, passou dois meses e meio sem jogar. Nuno Espírito Santo ainda lhe ofereceu a titularidade com o Tondela, no primeiro jogo que fez após a lesão, mas depois só entrou alguns minutos, estando ainda à procura da forma que o levou a ser notícia no Brasil e até colocado na rota da seleção canarinha. Nos últimos três meses, Otávio só tem 159 minutos nas pernas.
Convém dizer que o aparecimento em grande de Brahimi, precisamente a partir de dezembro, também contribuiu para o "eclipse" de Otávio.
Mais 2,25 milhões investidos
Otávio renovou contrato com o FC Porto em novembro do ano passado, passando a estar ligado ao clube até junho de 2021 e "preso" por uma cláusula de rescisão de 60 milhões de euros. Além disso, a SAD aproveitou para comprar mais 20 por cento dos seus direitos económicos, que pertenciam à empresa GE Assessoria, tendo pago 2,25 milhões de euros. Os dragões têm agora 52,5 por cento do passe do brasileiro, sendo que os primeiros 32,5% tinham custado 2,5 milhões de euros. Ou seja, o investimento no médio/extremo é agora de 4,75 milhões de euros.