Bruno de Carvalho foi entrevista pela revista Forbes Portugal e culpa o Benfica pelo fim da ideia da negociação centralizada dos direitos televisivos
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Bruno de Carvalho continua a defender a centralização da negociação dos direitos televisivos, apesar do Sporting ter sido um dos clubes que avançou, a dado momento, para a negociação individual. O presidente do Sporting explica que o clube não podia ficar atrás do Benfica. "Fui e continuo a ser a favor da centralização da negociação dos direitos de transmissão televisivos, mas posso explicar o que aconteceu. Os clubes que fazem parte da direção da Liga, entre os quais os "três grandes", assinaram um business plan cuja base era a centralização da negociação dos direitos. Estava lá. Não era implícito, era explícito. Mas a partir do momento em que um clube fura esse acordo e começa a negociar individualmente, como fez o Benfica, a centralização acabou", pode ler-se. Bruno de Carvalho remata, atacando. ". A partir daí, todos os clubes começaram a fazer valer os seus direitos e necessidades porque o compromisso foi violado. No futebol, não há cultura de compromisso. De manhã diz-se uma coisa e à tarde diz-se outra com a maior naturalidade".
O líder dos leões insiste que o contrato do Sporting com a NOS é o melhor do que o assinado pelo Benfica e até como com o realizado pelo FC Porto com a MEO. "Se o Sporting não tem o historial de vitórias dos adversários diretos, recente ou nos últimos 20 anos, o Sporting está-se a valorizar como um clube que tivesse um passado de vitórias. E mais: o Sporting consegue um negócio superior tendo um passado desportivo inferior", disse na mesma entrevista.
Bruno de Carvalho insiste ainda que o Sporting está hoje muito melhor do que aquele que encontrou no dia seguinte à vitória nas eleições. " Neste momento o Sporting é altamente apetecível, não só para os investidores. Hoje, a situação do Sporting é um luxo comparativamente à que encontrei quando cheguei.".