O Braga está sem publicidade nas camisolas e a opção poderá estar numa marca internacional
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O Braga optou por não prolongar a ligação com o Banco BIC, que fez publicidade nas camisolas da equipa de futebol durante os últimos dois anos, e António Salvador explicou a repentina quebra da ligação por razões exclusivamente económicas. "Foi um patrocinador muito importante para o Braga. Atualmente, muito por culpa do estado da economia, não só portuguesa mas também angolana, o Banco BIC foi obrigado a fazer cortes nos seus investimentos, pelo que a proposta de renovação apresentado ao Braga contemplava uma redução de mais de 50 por cento do valor do anterior contrato. Por muito que nos custe cortar com esta ligação, e custa, não podíamos aceitar a proposta que nos foi feita. Agora teremos de procurar uma alternativa". O presidente do Braga garantiu, depois, que ainda não foi encontrada uma solução válida para o patrocínio das camisolas da próxima época, apesar de considerar que essa é, hoje em dia, uma "receita fundamental" para os clubes.
Curiosamente, o Braga junta-se a FC Porto e Sporting na lista de grandes clubes portugueses que ainda não têm um patrocinador para as camisolas. Um "problema para a gestão do dia a dia" dos clubes, que António Salvador explica com o estado atual da economia nacional. "Por muito que nos custe, essa é a realidade. Nós, tal como esses dois clubes, temos uma posição forte no mercado nacional, pelo que pretendemos encontrar parceiros internacionais, com valores importantes. O Banco BIC foi um excelente parceiro, mas optaram por fazer uma redução enorme no seu investimento e a partir desse momento passou a ser impossível manter esta ligação", apontou.
Ao alargar este "problema" a outros clubes, António Salvador também disse que atualmente "não existem condições para os patrocinadores nacionais pagarem o que pagavam no passado", apontando o futuro a investidores internacionais. "Se quisermos ter o mesmo encaixe financeiro, nós, tal como o FC Porto e o Sporting, teremos de encontrar uma marca internacional, porque em Portugal deixou de existir margem para os mesmos valores", concluiu.