A um ano do próximo ato eleitoral que permitirá aos sócios do Benfica elegeram o mesmo ou outro presidente, e até já há um candidato na calha, os encarnados comemoraram os 16 anos da nova Luz com uma homenagem a quem nunca desistiu de dar luz verde ao projeto numa semana de goleada e contas com muitos milhões.
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Rui Gomes da Silva "candidata-se"
Uma vez mais Rui Gomes da Silva assume-se publicamente como alternativa a Luís Filipe Vieira no próximo ato eleitoral encarnado, marcado para outubro de 2020. Considerando que o atual presidente, no cargo há 16 anos, tem como estratégia "ficar com o Benfica", o advogado e comentador televisivo fez nova manifestação de intenções. Paralelamente, o técnico Bruno Lage foi confrontado com outras afirmações defendidas por Rui Gomes da Silva, designadamente sobre uma alegada intromissão indevida nas escolhas do técnico. A este propósito, o treinador respondeu com a orgânica da equipa.
Lisandro, o "Patrón" rende 3 M€
O diário argentino Olé deu a notícia já antecipada por O JOGO. Licha, ou antes, Lisandro López - o que jogou no Benfica, atente-se - custou ao Boca Juniors três milhões de euros que entram nos cofres dos encarnados. Considerado, com o parceiro de setor Izquierdoz, o "patrón" da defesa xeneize, o central conquistou em definitivo a Bombonera, pese embora os xeneizes tenham de suportar a supremacia continental do rival River Plate, que afastou justamente o Boca da final da Libertadores, mas está na frente da Superliga Argentina.
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O custo de Caio Lucas e outros números
Lisandro López até surge nas contas detalhadas do último exercício do Benfica, revelado mais ao pormenor na última sexta-feira, embora incluído num bolo de 18 milhões, encaixados pelos encarnados por Carrillo, Salvio e... Lisandro. Porém, as contas incluem outras pérolas, umas com mais brilho que outras. Ficou a saber-se que o custo zero Caio Lucas, que até nem tem contado para Bruno Lage e pode sair em janeiro, custou quatro milhões de euros por 75% do passe. Cádiz, que também seguiu a sua vida em trânsito de Setúbal para Dijon, custou 2,75, menos um milhão que Chiquinho, resgatada ao Moreirense. No total, 53 milhões de euros em reforços para a nova época, incluindo os seis pagos por Morato e os 37 por Raúl de Tomás (20) e Carlos Vinícius (17). Também estão contabilizados nas contas os custos com advogados e consultores. Num período em que o processo e-Toupeira esteve na ordem do dia, as águias aumentaram as despesas em 4,2 milhões de euros, atingindo os 13,7 milhões.
A homenagem e as toalhas de papel
No último jogo, na receção ao Portimonense, o Benfica registou a mais fraca assistência da temporada em jogos da Liga, com 42 mil espectadores nas bancadas, mas o palco dos encarnados está habituado a enchentes e bons momentos ao longo dos 16 anos de existência, desde que foi inaugurado em outubro de 2003. Essa efeméride foi comemorada esta semana, com direito a homenagem ao pai do estádio, como ficou conhecido Mário Dias. Luís Filipe Vieira não o esqueceu quando recapitulou algumas das peripécias passadas no processo de decisão, que envolveu um almoço interminável e muitas contas em toalhas de restaurante. No fim da contabilidade, a Luz ergueu-se.
Vinícius ou o novo imperador
Em jogo de estreia a titular no campeonato, Carlos Vinícius pegou o resultado pelas rédeas e conduziu o Benfica à goleada com dois golos de rajada, uma assistência médica pelo meio e duas poses do novo imperador dos golos, que é mais rápido que toda a concorrência nacional, como O JOGO analisou. Este feito juntou-se à veia goleadora exibida por companheiros mais recuados, como André Almeida a abrir as contas na sequência de um canto (novamente as bolas paradas, como em Tondela, a desbloquearem a conversa), dando direito a um agradecimento posterior, entrando Rúben Dias também no trilho dos golos logo a seguir. O campeão nacional, dada a escorregadela do FC Porto no relvado do Marítimo, isolou-se na liderança.