Candidato derrotado nas últimas eleições do Vitória reagiu em comunicado à posição assumida por Júlio Mendes, mas ainda não esclareceu se irá recandidatar-se
Corpo do artigo
Júlio Vieira de Castro, candidato derrotado nas últimas eleições do Vitória, reagiu ao final da tarde de hoje ao pedido de demissão de Júlio Mendes, feito na segunda-feira. Vieira de Castro não compreende as razões apresentadas por Júlio Mendes e nega ter feito oposição com base em críticas de natureza pessoal e insultos.
"Nunca, em momento algum, qualquer dos signatários promoveu ou incentivou ataques de natureza pessoal, fomentou insultos ou injúrias, numa lógica de ascensão ao poder, como de forma velada resulta do comunicado emitido pela Direção. O que anima este grupo de sócios é o amor ao Vitória Sport Clube e não qualquer ambição de poder, por muito estranho que tal possa surgir a alguns. Este projeto, que se extinguiu no dia do ato eleitoral, era verdadeiramente único porquanto corporizava o que genuinamente faz do Vitória Sport Clube um clube grande, um amor desmedido e um desprendimento pessoal em prol dos interesses do clube, sem politiquices ou agendas escondidas. Não foi uma franja de adeptos, e muito menos os signatários, que condenaram o clube à estagnação por não terem votado favoravelmente as propostas oferecidas pela Direção em 8 de Setembro de 2018. Se bem entendem os signatários, analisando os fundamentos propriamente invocados pela Direção demissionária para esta tomada de posição, eles esgotam-se em duas circunstâncias fundamentais - a contestação de parte dos sócios do Vitória e a impossibilidade de atrair investimento sem alterações estatutárias cirúrgicas. Quanto à primeira, para além da reafirmação do que ficou sublinhado no ponto prévio, seria verdadeiramente surpreendente, para não dizer insólito, que uma Direção se demitisse unicamente devido à contestação dos sócios, muito particularmente num clube como o Vitória Sport clube, com a massa crítica que sempre o caraterizou. Quanto à segunda questão competiria, salvo melhor opinião, à Direção demissionária convencer os vitorianos da bondade ou inevitabilidade da solução proposta. O que os signatários estranham, e será certamente prejudicial para o Vitória Sport clube, é que esta tomada de posição surja mais de oito meses após a assembleia geral que serve de fundamento segundo à renúncia e 15 dias após o jogo de Moreira de Cónegos, em que ocorreram os incidentes que surgem a justificar o seu fundamento primeiro, quando a época que se avizinha deveria estar a ser preparada a todo o vapor até porque se inicia mais cedo este ano. Esperam os signatários que estes fragilíssimos argumentos usados para justificar o abandono de funções por parte da Direção demissionária, com consequências imprevisíveis para o Vitória Sport Clube, não venham a revelar-se uma manobra de diversão que pretende camuflar outras intenções; o Vitória não merece isso", escreveram, em comunicado, os elementos que fizeram parte da lista A, encabeçada por Júlio Vieira de Castro.
Vieira de Castro, que perdeu as eleições por uma pequena margem de votos, continua sem dizer se irá recandidatar-se a presidente do Vitória.
10954884