Diferenças escalam entre as partes e há emblemas prontos a dar 20 milhões. SAD não quer ter ativo a "descoberto".
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O processo de renovação de Joelson encontra-se num impasse que pode, apurou O JOGO, empurrar o jovem extremo, de 17 anos, para longe do Sporting.
É que de semana para semana as diferenças entre as partes escalam e na entrada para agosto - há um mês, para julho, tudo parecia selado - já não é só o valor da cláusula que separa a blindagem de um futebolista que a administração considera a verdadeira coqueluche, mas que nunca segurará a qualquer custo, neste caso prolongando as negociações para períodos onde possa não haver volta a dar.
Ao que foi possível perceber, e numa primeira instância, a SAD propunha ao extremo um aumento de salário, um vínculo por mais três anos que o atual (até 2025) e um aumento de cláusula na ordem dos 55 milhões, dos 45 para os 100, valor que acabou por ditar o primeiro ponto de cisão entre as partes, uma vez que os representantes de Joelson não queriam superar os 80 M€ - e até apontavam, em primeira instância, para os 60 M€.
Com o encerramento de outros processos, relativos aos miúdos que acompanharam o camisola 96 na subida à equipa principal, como Eduardo Quaresma ou Nuno Mendes, as conversas rumaram a bom porto, mas nunca atracaram num acordo; é aqui que entra, então, o interesse de alguns tubarões europeus, nomeadamente o Arsenal, que perguntou a Kia Joorabchian, agente maior de Joelson, em que moldes poderia fechar negócio.
Jogar com o contexto
Conseguiu saber o nosso jornal que os gunners, que chegaram a enviar um emissário a Lisboa, propuseram levar Joelson por valores entre os 15 e 20 milhões de euros, jogando com o facto de a renovação estar parada, de perceberem que o Sporting não quer ter um ativo a "descoberto" no seu plantel e que uma eventual venda poderia colocar um ponto final num processo que neste momento está difícil de concluir. Ainda assim, para a semana está agendada uma reunião para tentar uma resolução pacífica, sempre com a renovação no horizonte.
Bruma e Félix Correia acabaram com encaixes
Quando escrevemos que a SAD não quer segurar Joelson a qualquer custo é na ótica de ceder mais do que aquilo que considera ser razoável: veja-se, por exemplo, casos anteriores, como o de Bruma, que em 2013, então com a administração de Bruno de Carvalho, chegou aos tribunais, levando depois a um acordo de transferência com o Galatasaray de 10 milhões mais objetivos; recentemente, foi outro extremo, Félix Correia, que após não renovar rumou ao City por 3,5 milhões fixos.