Miguel Fonseca, advogado de Bruno de Carvalho, apontou na direção do atual presidente do Sporting.
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O advogado de Bruno de Carvalho, Miguel Fonseca, lançou farpas na direção de Frederico Varandas esta terça-feira, questionado a ação do atual presidente do Sporting no dia do ataque à Academia de Alcochete.
À entrada para o Tribunal de Monsanto, onde decorre a oitava sessão do julgamento do processo, o causídico falou num "vídeo fabricado" e chamou o antigo diretor clínico do emblema de Alvalade a depor.
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"Aquele alarme foi posto a tocar para alguém aparecer a rir-se num vídeo fabricado. Qual foi a pessoa que viram a rir-se num ataque terrorista? Frederico Varandas. Apareceu num vídeo a rir-se. Então o que fez o médico do clube? Estou a dizer que o médico não foi visto e houve pessoas a precisar de assistência. Apareceu a rir-se, com um alarme de incêndio ativo. Se me estiver a rir para si, talvez consiga adivinhar o que estou a pensar. A minha preocupação é a objetividade. A que é que achou piada? Também deverá vir aqui depor. Alguém perdeu e alguém ganhou com isto. Interessa-me saber o que é que um responsável, a seguir ao Jorge Jesus com a maior responsabilidade no balneário, andou a fazer durante duas ou três horas? Onde é que ele está hoje? Para mim é importante, para saber o que é que aconteceu", atirou Miguel Fonseca, em resposta às questões dos jornalistas.
Miguel Fonseca destacou ainda a objetividade do testemunho de Ricardo Gonçalves, antigo chefe de segurança da Academia e atual diretor de segurança e operações do clube leonino.
"Vi tudo facilitado pelo depoimento, na sua grande maioria objetivo. Um homem que não mentiu, não veio para aqui industriado, era um medo, porque afinal de contas mudou de posto. Um homem sério, foi um ex-GNR. Está a correr dentro das melhores expectativas. As minhas questões são sobre os protocolos. Não me acredito que não houvesse protocolos de segurança. No local de trabalho, por mais pequeno que seja, tem que haver protocolo de segurança. É um tipo de coisa que entendo que não ficou esclarecido. Isso ainda não foi explicado", acrescentou o advogado de Bruno de Carvalho.