Antigo líder da claque Juventude Leonina falou aos jornalistas à chegada ao Tribunal de Monsanto, esta terça-feira.
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Fernando Mendes, um dos 44 arguidos do processo da invasão à Academia do Sporting, falou aos jornalistas na manhã desta terça-feira, à chegada ao Tribunal de Monsanto, onde decorre a oitava sessão do julgamento.
O antigo líder da claque Juventude Leonina explicou que, no dia 15 de maio de 2018, tinha como único objetivo "terminar uma conversa com Jorge Jesus", conforme terá sido sugerido pelo próprio treinador. O facto de ter estado no centro de treinos no dia em que ocorreu o ataque foi, afirma Fernando Mendes, "uma coincidência".
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"No meu tempo de lidernaça avisava sempre [quando ia à Academia], dizia que lá ia e as pessoas tomavam nota e confirmavam se tinha autorização. Não precisávamos de identificação, nem de autorização à porta. Penso que o método atual seria o mesmo. Já tinha dito isso no aeroporto. Quando houve aquela situação de falar com Jorge Jesus, eu disse 'mister, então continuamos a conversa, falamos em nossa casa'. O objetivo era falar com Jorge Jesus, para acabar a conversa. Foi uma desorganização total, foi espontaneamente, fui lá para acabar a conversa com Jorge Jesus. Eu não sabia que havia grupo, alguém a combinar o que quer que fosse. Só depois, quando entrei, é que comecei a perceber o que se tinha passado. Já não vi ninguém. Só consegui identificar os que entraram comigo, que são os que estão identificados. É importante ouvir toda a gente", afiançou Fernando Mendes, comentando ainda o depoimento de segunda-feira de Ricardo Gonçalves, então chefe de segurança da Academia:
"Ele lá sabe o que terá dito. Disse a verdade, nada estávamos a fazer, quem não deve não teme. Estou de consciência tranquila", rematou.