ENTREVISTSTA, PARTE II - Holsgrove nasceu na Escócia por acaso, quando o pai lá jogava, mas cresceu em Inglaterra. Chegou a representar as seleções jovens escocesas, tendo participado no torneio de Toulon, em 2017
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Holsgrove nasceu na Escócia, mas antes de completar um ano já estava a viver em Inglaterra. Gosta dos dois países, embora admita, no entanto, uma ligação mais intensa à Escócia, por ter representado essa seleção no trajeto que o levou ao futebol profissional.
É designado muitas vezes como escocês, mas a verdade é que nasceu na Escócia por acaso...
-Sim, foi um acaso. O meu pai na altura jogava no Hibernian e acabei por nascer lá. Por exemplo, ele também jogou nos Países Baixos, no Heracles Almelo; se tivesse nascido nessa altura seria neerlandês. Antes de completar um ano, fomos viver para Inglaterra.
Quando lhe perguntam qual a sua nacionalidade, responde que é inglês ou escocês?
-Acima de tudo, considero-me britânico. Mas é um pouco estranho na mesma. Tenho um irmão com pai escocês e ele só foi aos 18 anos viver para a Escócia e tenho um sobrinho que nasceu lá. Logo, tenho mais essa ligação à Escócia, além de ter jogado pelas seleções jovens escocesas. Por isso, posso dizer que sou metade inglês e metade escocês. Nas grandes competições internacionais torço sempre pelas duas nações.
Se fosse convocado para a seleção da Escócia, aceitava essa convocatória?
-Bem, nem sei bem o que responder nesta altura. É difícil. Se surgisse essa convocatória para a seleção da Escócia teria de ser uma decisão muito bem ponderada.
Cathro não precisa de traduções
Pela primeira vez desde que é profissional, Holsgrove está a trabalhar com um treinador que fala a mesma língua: Ian Cathro.
O seu atual treinador, Ian Cathro, também nasceu na Escócia. Como tem sido trabalhar com ele?
-É a primeira vez no futebol profissional que tenho um treinador com a mesma língua materna, e é muito bom. Tem boas ideias e está aberto a falar com os jogadores fora de campo. Estou a gostar de trabalhar com ele.
Quando venceram o Arouca (4-1), fizeram questão de ir festejar com o treinador no terceiro golo. Foi um sinal de confiança num momento de muita contestação dos adeptos?
-É uma pessoa que nos tem ensinado muito esta época e só queríamos retribuir. Todos dão o melhor dentro de campo para que o Estoril vença muitas vezes, ninguém aqui quer prejudicar o clube. Só peço aos adeptos que nos apoiem e nos deem tempo para mostrar no relvado o que estamos a desenvolver nos treinos.