Tricolores acionaram os mecanismos legais por causa de dívida por Igor Jesus e André Luiz. Emblema brasileiro criticou procedimento, acusando o clube português de ser "mau pagador"
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O Estrela da Amadora decidiu recorrer da decisão da FIFA, que obrigava os tricolores a pagar 2,35 milhões de euros ao Flamengo, por dívidas nas transferências do médio Igor Jesus e o avançado André Luiz. Dois jogadores que já não moram na Reboleira: o criativo joga no LA Galaxy e o avançado está no Rio Ave.
Esse recurso não agradou ao emblema brasileiro, que, em comunicado, acusou os amadorenses de usar “mecanismos jurídicos com o único objetivo de evitar o cumprimento de obrigações já reconhecidas e formalizadas, prática que favorece os maus pagadores”.
A SAD do Estrela respondeu a estas acusações. Numa nota enviada a O JOGO, os tricolores lembraram que apenas utilizaram os mecanismos legais ao dispor. “Confiamos que a justiça fará o seu trabalho e aceitaremos a sua decisão”, realçam os tricolores, considerando que “o presidente do Flamengo [Luís Eduardo Baptista] e o próprio clube parecem considerar-se acima da lei”: “Não colocamos os nossos interesses pessoais acima da justiça desportiva.”
Esta foi a reação completa dos amadorenses:
“O presidente do Flamengo e o próprio clube parecem considerar-se acima da lei. Na ótica dele, os clubes não deveriam recorrer aos mecanismos legais que têm ao seu dispor para defender os seus interesses. Em contraste, aqui em Portugal, no Estrela da Amadora, acreditamos na justiça e no respeito pelas instituições. Não colocamos os nossos interesses pessoais acima da justiça desportiva, nem utilizamos antigos parceiros como instrumentos de manobra para disputas políticas internas.
No Estrela da Amadora, não estamos focados em eleições nem em guerras de bastidores. Trabalhamos com seriedade, dentro de campo e fora dele, e assumimos as nossas responsabilidades com profissionalismo. Confiamos que a justiça fará o seu trabalho, e aceitaremos a sua decisão sem recorrer à pressão pública ou à manipulação mediática, como infelizmente tem sido prática recorrente do atual presidente do Flamengo. Essa postura pouco dignifica a imagem de um clube que, até há pouco tempo, era respeitado internacionalmente.”