Clássico em análise: "Faltou frieza ao Sporting e acerto a defender jogo interior"
Leonel Pontes, treinador e comentador, fez a O JOGO uma análise ao clássico entre FC Porto e Sporting, abordando a equipa leonina.
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1 Olhando ao onze inicial, que lhe pareceu a proposta de Jorge Jesus?
-Foi o onze possível, não o expectável, por não ter Piccini, Gelson e Dost. Jesus incluiu Bryan Ruiz e Doumbia e nota também para o duplo-pivô no centro: William e Battaglia, para se aproximarem de Gonçalo Paciência e Marega. Bruno Fernandes improvisou na direita com Ristovski. Jesus queria ganhar. Sabia que era decisivo racional e emocionalmente e o Sporting teve ambição. Porém, o FC Porto aproveitou as costas da linha defensiva, principalmente de Fábio Coentrão. Otávio, na direita, fletia para dentro, abrindo o corredor para Marega. O FC Porto explorou bem esse espaço.
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2 O Sporting viu-se obrigado a mexer na frente. Que alteração notou mais?
-Jesus tinha Montero e Rafael Leão para render Doumbia e Jesus percebeu que Leão era a melhor opção: é imprevisível, poucos o conhecem e gosta de jogar em contra-ataque. Montero é mais de apoio e elaboração. Como o FC Porto sobe linhas e deixa espaço nas costas, havia espaço para o Leão aplicar as suas características. Foi o que fez à primeira vez em que tocou na bola, ao marcar golo.
3 O que faltou aos leões para evitar a derrota?
-O FC Porto fez o 2-1 e Bruno Fernandes baixou para o eixo. Entrou Rúben Ribeiro, que deu mais bola e velocidade, William foi extraordinário no corredor central e o Sporting dominou, foi superior. Teve ocasiões para igualar, mas faltou frieza a finalizar e acerto a defender face ao jogo interior do FC Porto.