Cedido pelo City brilha em Vila do Conde e já se recorda a série "Oliver e Benji"
Meshino deixou o Portimonense de olhos em bico e foi uma das peças fundamentais para garantir um triunfo por 3-0.
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Na grande exibição produzida pelo Rio Ave frente ao Portimonense, e para além de outros destaques individuais numa frente de ataque de grande mobilidade, na qual brilharam ainda Francisco Geraldes, Carlos Mané e Gelson Dala, emergiu o extremo Meshino, que até agora tem passado despercebido à maioria dos adeptos.
Emprestado por duas temporadas pelo gigante inglês Manchester City, o jogador japonês, de 22 anos, tinha participado em dez jogos dos vila-condenses nas diferentes competições e somado apenas 248 minutos, sendo titular somente em duas ocasiões, mas foi agora aposta no onze do técnico Pedro Cunha na receção ao Portimonense.
Beneficiando de uma dinâmica coletiva imposta pelo ainda treinador interino, o nipónico encaixou na perfeição num futebol de apoios e simples, mas, ao mesmo tempo, com liberdade para a criatividade individual. Num sistema de 4x2x3x1, Meshino alinhou sobre a direita do, embora tenha aparecido muitas vezes pela esquerda e criado mossa com diagonais, acabando por assinar um golo com um remate à entrada da área.
Se com Mário Silva a treinador, o extremo não teve muitas possibilidades de mostrar o seu talento, ainda que tenha conseguido marcar dois golos contra Tondela e Monção, o seu futuro no atual Rio Ave poderá trazer-lhe outra importância e mostrar por que razão foi contratado ao Gamba Osaka, do Japão, pelo Manchester City, que o emprestou primeiro aos escoceses do Hearts e, nesta época, à formação de Vila do Conde. Como é caracteríostica do povo japonês, Meshino é muito discreto e teve dificuldades de adaptação a Portugal e ao trabalho o com o plantel, uma vez que não fala português e apenas "arranha" algumas palavras em inglês, contando com a ajuda do telemóvel para a tradução sempre que precisa de comunicar com alguém no clube ou no seu quotidiano.
Discreto, como convém...
Nos festejos do golo que marcou ao Portimonense, depois de ser "engolido" pelos companheiros de equipa num abraço coletivo, Meshino dirigiu à câmara do operador que transmitiu o jogo e desenhou a letra A com as mãos para homenagear a esposa, o seu grande apoio em Portugal, cujo nome preferiu não revelar... para manter a discrição da sua vida privada.
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