Bruno Lage responde com Jardel a um Benfica só com jovens da formação

Sobre a paragem: "Nunca pode ser boa em nenhum aspeto, exceto essa da recuperação dos jogadores... Pessoalmente, pude ter a oportunidade, que vou recordar, de poder privar diariamente com o meu filho durante 2 meses, muito diferente do que sucedia, com estágios de três em três dias viagens, jogos. Esse é o único ponto positivo desta situação. De resto, em função do que aconteceu globalmente, de uma doença que em janeiro não iria afetar-nos, mas que depois isolou-nos a todos durante três meses, muitas pessoas a morrer, o país ao nosso lado sem conseguir controlar nada..."

Três jogos sem vencer:: "Beneficiou a paragem? Acho que não. As séries acabam e a dado momento temos de dar uma resposta. Eu senti, depois de Setúbal e no último treino antes da paragem, que a equipa estava pronta e determinada a dar uma boa resposta. Imagine que aí tinha começado uma série de vitórias até final? No mês de fevereiro não fizemos um registo bom, por isso amanhã temos de reentrar fortes"

Uma equipa só de jovens: "Já não é de agora... Isto é um trabalho fantástico do Benfica ao longo dos anos, com passos seguros e incluindo jovens da formação que conseguem ser reforços da equipa principal. Agora são mais oito jogadors, todos eles têm feito um trabalho fantástico na equipa B e também Sub-.23 e juniores. São o presente e o futuro"

O caso de Jardel: "Há algo que deve ser transversal à idade. O Jardel deve ser dos mais titulados do Benfica, e dado momento perdeu o lugar para um miúdo da formação, o Ferro. Tem 34 anos e treina com ambição de voltar a ser titular. Tem essa a mentalidade e é um exemplo para quem chega. Ps casos do João Félix e do Renato Sanches não acontecem sempre. Falo do Jardel como falo do Florentino. Era titular, teve uma lesão, não voltou com o rendimento desejado, contratámos um jogador para esss posição. E ele treina com alma de reconquistar o lugar"

Vencer para animar: "É importante começar bem, ter sequência, mas não apenas nos primeiros dois, três jogos. Depois vem a fadiga acumulada, após tanto tempo de paragem, menos tempo de recuperação. Por isso, o quinto, sexto, sétimo jogos também são importantes. E há ainda as lesões, a possibilidade de perder jogadores por infecção"