Braga é um clube exímio na reciclagem: Esgaio, Piazon, Abel Ruiz e outros exemplos
Jogadores oriundos dos denominados grandes ou de emblemas mais endinheirados brilham na Pedreira. Esgaio, Piazon e Abel Ruiz são exemplos.
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O mercado de inverno confirmou que o Braga é um dos clubes que mais aproveita jogadores com dificuldades de afirmação nos denominados emblemas grandes.
Borja e Sporar, oriundos do Sporting, e Piazon, que nunca teve a oportunidade de se afirmar no Chelsea, são os últimos exemplos de uma estratégia delineada para fazer face à menor capacidade financeira relativamente a clubes mais poderosos.
A política de aproveitar os excedentes dos rivais não é propriamente nova em Braga, embora esta época tenha ganho um impulso significativo. Além de Borja, Sporar e Piazon, os arsenalistas já deram uma nova vida a jogadores como Ricardo Esgaio, que não teve grandes oportunidades para brilhar no Sporting, Galeno, que não se impôs no FC Porto e somou empréstimos ao Portimonense e ao Rio Ave até chegar a Braga, e ainda Abel Ruiz, sem espaço na equipa principal do Barcelona. Além destes seis casos, há outros jogadores que estão a ser aproveitados em Braga depois de passagens pelos grandes, embora não tenham chegado ao Minho diretamente dos rivais. Rolando, Castro, André Horta, Iuri Medeiros e Gaitán estão nesse grupo, ao qual se pode juntar Rui Fonte.
A opção de receber atletas com dificuldades de afirmação nos ditos grandes permite ao Braga rechear o plantel com qualidade e experiência. Esgaio, por exemplo, é o campeão de utilização e, no conjunto de todas as provas, soma 3373 minutos esta época, o valor mais alto do plantel. Dos 12 jogadores mencionados, só dois não deverão continuar no emblema arsenalista na próxima temporada. A permanência de Gaitán, tal como O JOGO já informou, está seriamente ameaçada e a justificação tem a ver com a relação entre custos e constância de rendimento. Ficar com Sporar custa 7,5 milhões de euros e isso também se afigura como obstáculo intransponível.