Atacante converteu-se num ala à medida do 3X4X3 de Carvalhal e evoluiu em vários parâmetros.
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O recuo de Galeno para ala esquerdo é uma das apostas ganhas por Carlos Carvalhal.
Primeiro, estranhou-se, incluindo o próprio jogador, habituado a encarar o adversário em zonas mais adiantadas do terreno de jogo; depois, entranhou-se tão bem na mecânica do 3x4x3 idealizado pelo treinador que, nesta altura, partilha com Ricardo Esgaio o primeiro lugar dos atletas do Braga com mais jogos somados nesta época (39), embora com o ala direito a contabilizar mais minutos (3375 contra 2853).
Seja como for, nunca Galeno esteve tanto tempo em jogo como nesta temporada e não se trata de um favor especial de Carvalhal. O 90 do Braga adaptou-se à nova posição com êxito total e, em relação a 2019/20, até evoluiu em parâmetros essenciais, como nos passes certos por jogo (passou de 28,48 para 33,47), passes longos (de 1,98 para 2,47), interceções (de 3,95 para 4,35) e recuperações (de 4,18 para 5,29).
Sem perder a apetência para sair em drible (apenas baixou de uma média de 7,29 para 7,04), o brasileiro garante agora, por partida, um total de 69,04 ações bem sucedidas, quando na época anterior se ficava por 64,5, praticamente sem deixar que se perceba o dano da baixa prolongada de Francisco Moura, que chegou a afirmar-se como um concorrente direto de peso. Os números confirmam a impressão de que está mais comprometido nas manobras defensivas, mas isso não lhe roubou capacidade para desequilibrar na frente. Por aí, a equipa continua bem servida, pois Galeno já desencadeou um total de 17 golos, com seis remates certeiros e 11 assistências, tantas quando colecionou na temporada anterior, em que assinou sete golos em 41 jogos (2551 minutos). O ala acelera para a melhor época de sempre em Portugal, ainda com 11 partidas pela frente, incluindo a final da Taça de Portugal.