Borevkovic: "Joguei com injeções durante meses. Se desse para retroceder, não o teria feito"
ENTREVISTA, PARTE III - Croata ex-V. Guimarães deixa tributo a Álvaro Pacheco, que acreditou nele quando nem o próprio acreditava
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É muito exigente consigo?
-Sim [risos]! Acho que ninguém me critica mais do que eu. Para mim, é importante, porque quando cada um sabe os próprios limites e quando não se joga no nível que é pretendido, temos de ser sinceros para perceber isso e trabalhar para chegar ao nível que se pretende.
Chegou a jogar lesionado...
-Sim, joguei com injeções durante vários meses. Se desse para retroceder, não o teria feito. Arrisquei, mas agora, com a experiência que tenho, não o faria. Queria ajudar a equipa, era o mais importante para mim, porque senti que o treinador precisava de mim. Olhando para trás, prejudiquei-me mais do que ajudei os meus companheiros. Não joguei no nível desejado e não o faria novamente.
Quem foi o treinador que mais o marcou?
-Álvaro Pacheco. Quero elogiá-lo, porque ele foi um treinador que acreditou em mim quando nem eu acreditava. Estava numa situação difícil, em que fui afastado do grupo, cheguei lesionado, não jogava e treinava à parte. Quando chegou, falou comigo, disse que sabia das minhas qualidades e que, mais tarde ou mais cedo, ia jogar. Para continuar a trabalhar. Vai ter o meu respeito para sempre, porque é alguém que tem uma opinião própria dos jogadores e não gosta de ser influenciado. A equipa que ele criou na temporada em que esteve no Vitória foi uma equipa à Vitória, à imagem do clube e dos adeptos.