Nem o extremo nem o Benfica deram margem para um negócio com o clube do Rio, que já se virou para outros alvos.
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O Flamengo tentou contratar Everton no início deste ano mas esbarrou em dois obstáculos que se revelaram impossíveis de superar: a vontade do jogador em permanecer no Benfica e a falta de capacidade financeira do clube brasileiro em se aproximar dos valores mínimos que as águias pretendiam para negociar o extremo, no caso pelo menos 20 milhões de euros. Como resultado, está fechada a porta à saída do internacional canarinho da Luz.
O eventual regresso ao país de origem não chegou a estar na mente de Everton, mesmo na fase da época em que menos fulgor apresentou em campo. A chegada de Nélson Veríssimo e a mudança de esquema tático das águias favoreceram, também, o desempenho do extremo que, em 2022, soma já três golos e duas assistências. "O Benfica não quer vender e o jogador não quer voltar ao Brasil", confirmou ontem a O JOGO Marcos Braz, ele que é o vice-presidente do Flamengo para a área do futebol e que colocara muita fé nesta negociação com as águias. O clube brasileiro chegou a preparar-se para dar 13 milhões de euros por 70 por cento do passe do camisola 7 encarnado, valor visto como curto pelas águias, que pagaram 20 M€ ao Grémio pelo atleta.
Do lado do jogador, é assumido que Everton é hoje um jogador mais feliz na Luz. "Não se aprofundou muito a questão de pensar a 100 por cento num regresso. A mim e ao Everton não chegou nada muito forte, mas teria de haver sempre um acerto de valores entre os clubes para, depois, falarmos. Mas, nos últimos jogos, Everton tem marcado e feito assistências, sente-se valorizado e é normal que o clube pense de maneira diferente. Esta situação é diferente do que ele estar no banco", explicou também Márcio Cruz, empresário do atleta, a O JOGO. E acrescentou: "[Flamengo?] Não falaram connosco. Devem ter feito um contacto com o Benfica para saber de valores e acredito que se a situação se adiantasse falariam connosco."