"Bas Dost caiu redondamente no chão e nunca mais se levantou", recorda Mário Monteiro
Mário Monteiro, preparador físico do Sporting à data do ataque, testemunha esta quarta-feira na 18.ª sessão do julgamento do Ataque à Academia
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O preparador físico do Sporting à data do Ataque à Academia, Mário Monteiro, depõe na tarde desta quarta-feira em mais uma sessão do julgamento, no Tribunal de Monsanto.
"Estava no ginásio com Márcio Sampaio, André Pinto e Coates. Vi várias pessoas a passar encapuzadas e até pensei que era brincadeira de Carnaval", começou por contar.
"Fui ver se tinham ido ao campo de treinos, mas não. Então fui ao balneário. Já estava instalado o caos quando cheguei. Com nuvem de fumo e as sirenes a tocar. Vi o Misic a levar uma cinturada e ao meu lado o [Bas] Dost também com o cinturão e a cair ao chão. Disseram-me para não fazer nada, que não tinha a ver comigo. Deram-lhe mais com o cinto e pontapearam-no no chão", continuou.
"Levou ostensivamente com o cinto e fiquei sem saber o que fazer. Nem consegui socorrer o Bas Dost. Caiu redondamente no chão e nunca mais se levantou. Não consigo responder se foi a mesma pessoa a dar com o cinto a Misic e Dost. Foi rápido. Ao Dost deram-lhe com o cinto na cabeça várias vezes e de maneira ostensiva", acrescentou.
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