O golo marcado ao Boavista acabou desvalorizado pelo penálti falhado nos descontos. Abel saiu em defesa de Dyego, até porque sabe que ele é um dos avançados mais efetivos do campeonato.
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Dyego Sousa falhou no momento mais decisivo da época do Braga; o penálti desperdiçado nos últimos momentos do jogo com o Boavista subtraiu a vitória à equipa e, com o empate, partiu também o sonho de chegar ao segundo lugar do campeonato. Como é normal, Abel Ferreira saiu rapidamente em defesa do seu avançado, um dos mais eficazes do campeonato. "É a vida, são situações que acontecem. O Dyego treina penáltis todos os dias... Falhar faz parte do futebol e ele vai bater já o próximo", confidenciou, antes de reforçar a importância que o brasileiro teve ao longo da temporada. "Foi um dos muitos jogadores que saíram valorizados com as prestações da equipa. Ele tem presença, faro de golo e movimenta-se muito bem na área. Conhece aquela posição [ponta de lança] melhor do que ninguém."
A realidade dos números mostra que Dyego Sousa é o avançado mais eficaz do campeonato e um dos mais efetivos em quase todos os parâmetros ofensivos do jogo. Para começar, o brasileiro é o jogador que menos minutos precisa para marcar um golo (67") - e foram oito na I Liga, 12 em todas as competições -, num ranking em que surge à frente de Jonas (73"), Bas Dost (93") e Marega (101").
Curiosamente, Dyego Sousa é, entre os avançados, aquele que mais dribles (4,6) e mais remates (5,7) faz a cada noventa minutos de jogo. É ainda o segundo em ações ofensivas bem sucedidas (5,2) e o terceiro nos duelos ofensivos (43%) e nos duelos aéreos ganhos (47%) ganhos por jogo. Os números impressionam, sobretudo porque chegam de um jogador que teve uma época marcada por vários contratempos, a começar por um castigo que teve de cumprir ainda do tempo em que representava o Marítimo e a acabar nos vários problemas físicos que o afastaram de muitos jogos e o fizeram perder a titularidade.
Pelo rendimento que apresentou, Dyego é uma das grandes apostas do Braga para a próxima temporada, mesmo depois da "infelicidade" que teve na receção ao Boavista.