Lateral terminou a ligação ao Benfica e concedeu uma entrevista à BTV, na qual falou da passagem por um clube onde conquistou, por exemplo, cinco campeonatos.
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Polivalência: "Foi algo que fui desenvolvendo pela necessidade e pela vontade de querer ajudar. Lembro-me do dia em que assinei contrato com o Benfica, sabia que vinha para um clube imenso, em que se calhar nunca imaginei estar. No dia em que dou a minha primeira entrevista perto do campo, a única coisa que prometi aos adeptos foi ajudar. Sempre tive essa vontade de ajudar, isso talvez em alguns momentos prejudicou-me, noutros ajudou."
Duas Taças de Portugal: "É diferente, muito populista, as pessoas vivem estes jogos de maneira diferente. O ambiente à volta do estádio [Jamor] é muito especial, mesmo os próprios jogos contra equipas que não as ditas grandes tornam-se muito difíceis."
História na Taça: "A história que me vem mais à cabeça é a do o Jiménez, que fez o 2-0 e colocou a máscara [contra o V. Guimarães na final de 2016/17]. Foi um momento giro, eles reduziram para 2-1, mas a tarde foi sorridente para nós."
Último golo: "Foi no ano passado, com o Trofense, para a Taça de Portugal. Foi um momento delicado, tinha vindo de lesão há pouco tempo. Foi um bom golo, ainda não tinha os índices que sempre tive e acabou por ser especial nesse aspeto, para me dar confiança para o que viesse a seguir. Nesse jogo fiz 120 minutos, depois de uma paragem tão grande, foi um jogo importante para mim."
Último golo marcado na Luz foi contra o Boavista: "Foi contra o Helton Leite, ele veio contra mim, acabou por cair e eu, de um ângulo complicado, meti a bola na baliza. O futebol é os adeptos, é o golo, é a emoção à volta do jogo e nesse período sem adeptos no estádio acabámos por estar num ambiente quase de treino. Estás a competir, tens o árbitro, mas tens o eco, esse ambiente faz falta ao futebol."
Duas finais da Liga Europa perdidas: "Se calhar, é a maior mágoa que levo, mas é difícil ganhar uma competição europeia. Infelizmente não as conseguimos trazer para os mudeu, mas os benfiquistas viram os jogos, fomos uma equipa à Benfica, dominante, a querer ganhar. Mas o benfiquistas recordam esses jogos pela forma como a equipa se bateu ao longo da competição. Em ambos os jogos senti que o Benfica ia ganhar. Mas estou muito contente com o trajeto da equipa até às finais porque foi bonito e com muita competência."
65 jogos europeus: "São jogos muito especiais, a Liga dos Campeões é a maior competição do mundo e penso que ao longo destes anos todos temos trajetos muito bonitos. Chegámos quatro vezes aos quartos de final da Liga dos Campeões, com clubes de topo. A Liga Europa, fica aquele amargozinho por termos chegado duas vezes à final e não termos conseguido trazer nenhuma para este museu."
Despedida: "Vou levar o Benfica ano coração, porque isto é um até já, vou continuar a ser benfiquista, vou continuar a ver os jogos. Só não estou presente nas quatro linhas. Mas vou estar presente, esta será sempre a minha casa."
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