Lateral terminou a ligação ao Benfica e concedeu uma entrevista à BTV, na qual falou da passagem por um clube onde conquistou, por exemplo, cinco campeonatos.
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A chegada ao Benfica: "Quando se chega a um clube destes tem de se querer ganhar títulos. Nunca pensei ficar tanto tempo e construir uma história tão bonita. Quando comecei a minha carreira sonhava ser jogador mas nunca pensei chegar a um nível tão alto. Foram anos muito bonitos ao serviço deste clube e estou muito orgulhoso de tudo o que conquistei aqui em casa."
308 jogos oficiais pelo Benfica, um feito apenas alcançado por 31 jogadores: "Não fazia ideia. Sabia que, por exemplo, o Luisão e o Pizzi tinham entrado num lote restrito, mas não fazia ideia desses números. Fico contente porque foram muitos anos e muita dedicação a este clube.
Morte de Eusébio em 2014 e jogo com o FC Porto a seguir: "Não tive a sorte de privar muito com Eusébio, é uma figuras do nosso Benfica. Conheci pessoas que se davam muito com ele, como senhor Shéu e o Pietra. Tudo o que me falam dele são maravilhas. Infelizmente, não tive a sorte de privar assim tanto com ele. Foi, provavelmente, uma das épocas mais vitoriosas que tive aqui. Esse jogo ajudou muito. Lembro-me do ambiente no estádio, foi um jogo muito à Benfica. Havia uma atmosfera bastante diferente, como se os jogadores se elevassem e fossem 11 Eusébios. Foi uma vitória clara, que não deixou dúvidas a ninguém. Ajudou-nos para o que veio a seguir."
Títulos: "Todos tiveram um sabor especial, mas não sei se foi por ser o meu primeiro título, esse (em 2013/14) acabou por ser muito marcante."
Festa no Marquês: "Quem sonha ser jogador sonha estar no Marquês. E não há clube melhor para se estar no Marquês do que o Benfica. Enche as ruas, pára o país. E viver isso de perto é uma sensação única que dificilmente consigo explicar. Só vivendo."
Tetracapeão: "Claro que sim, fico orgulhoso, mas o Paulo Lopes teve muito impacto em todos esses campeonatos. Estava muito presente no dia a dia, ajudou-me muito na minha integração no Benfica e em todos os campeonatos teve um papel fundamental."
Algum campeonato com sabor especial? "Todos tiveram sabor especial, o primeiro, o do 'tri', porque já nos davam como mortos e com aquele clique dos adeptos, a puxarem por nós no 3-0 com o Sporting, catapultou-nos para uma época de excelência. E a reconquista. Provavelmente foi a minha melhor época individual. Tínhamos algum atraso e acabámos por fulminar alguns recordes de golos e de pontos, que acho até que já foi batido. Foi bom ao nível pessoal e coletivo, havia muita harmonia, a malta jovem que surgiu nessa época ajudou-nos a elevar esse nível também. Acabaram por ser épocas muito especiais."
Mística: "Não só com os jovens, mas também com a malta que ia chegando tinha o cuidado de brincar. Porque mais do que falar do clube, o clube é isto, acolher quem chega, deixá-los à vontade, deixar que exponham o seu futebol também. Fazia bem esse papel, como faz agora o Otamendi. As coisas vão correr bem este ano."
Melhor jogo no campeonato: "É difícil, não me consigo recordar porque são muitos jogos, mas ao nível coletivo lembro-me de muito boas vitórias, o 4-2 em Alvalade, o 10-0 em casa ao Nacional. Não consigo dizer apenas um foram muitos jogos, todos bonitos, dos quais guardo grandes sensações. Se calhar podia dizer um em que marquei, mas prefiro realçar o nível coletivo."
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