Defesa justifica a tese com a inexistência de provas exemplares.
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A advogada de um dos arguidos no "caso No Name Boys" manifestou-se esta quinta-feira contra o facto do Ministério Público ter pedido condenação exemplar aos principais acusados neste julgamento.
"Pediram uma condenação exemplar, mas o que é isto de condenação exemplar?", questionou a advogada Soraia Quarenta.
"Para acontecer uma condenação exemplar, então ela tem que decorrer de produção de uma prova exemplar", acrescentou, durante a segunda sessão de alegações finais do julgamento de 31 arguidos associados ao grupo de adeptos do Benfica conhecido como No Name Boys, a decorrer esta quinta-feira no Tribunal de Sintra.
Para esta advogada, representante do arguido Fábio Pereira, "verificaram-se várias deficiências na acusação" e, por outro lado, não foram produzidas quaisquer provas exemplares, pelo que não faz sentido a reivindicação citada. "Uma condenação não se quer exemplar, quer-se rigorosa. Os arguidos não estão aqui para servir de exemplo, mas apenas para responderem pelos seus actos", defendeu, solicitando que a Justiça neste caso seja feita "de forma isenta e sem preconceitos ou ideias predeterminadas".
"Face a isto", disse, "só me resta pedir a absolvição do arguido", concluiu.