Advogada de defesa ironizou no julgamento dos adeptos dos No Name Boys
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A advogada Soraia Quarenta disse esta quinta-feira em julgamento que o arguido que representa no julgamento do "caso No Name Boys", a decorrer no Tribunal de Sintra, não pode ser responsável pelos actos de que é acusado.
Isto porque, no seu entender, há uma contradição entre o facto de ser acusado de ter arremessado uma garrafa e, ao mesmo tempo, de ter cometido nove crimes de ofensa à integridade física agravada.
"Deve ser um excelente jogador de bowling porque, com um arremesso, conseguiu acertar em nove", afirmou Soraia Quarenta em julgamento.
A advogada defendeu ainda que o arguido em questão "não foi identificado por testemunhas" e que, como tal, "não pode ser relacionado com os factos deduzidos na acusação", que no seu entender "deixam mais perguntas do que respostas".
Fábio Pereira foi acusado de ter "arremessado uma garrafa de vidro na direção de agentes policiais", mas, segundo defendeu, "a intenção de lesar a integridade física foi extrapolar".
"Ele foi acusado por exclusão de partes. 'Não foram os outros, então foi aquele'. O que arremessou o Fábio? E onde está a prova? Onde está a prova de ele ter arremessado?", questionou.