No final do jogo entre o Boavista e o Feirense, um dos membros da claque da equipa de Santa Maria da Feira (José Cardoso, 48 anos) foi agredido por um agente da PSP, enquanto se dirigia do estádio para o autocarro. A claque "Civitas Fortíssima 1514" repudiou estes atos e tentou descobrir o nome do responsável.
Corpo do artigo
No final do jogo entre o Boavista e o Feirense, um dos elementos da claque da equipa de Santa Maria da Feira foi agredido por um agente da PSP.
O ato de violência deu-se após a saída dos adeptos do Feirense do estádio do Bessa para o autocarro. No cordão de segurança feito pela PSP, um dos comandantes começou por forçar a ida dos elementos da claque para o autocarro com empurrões e pontapés, chegando mesmo a fazer uso do bastão.
Numa das agressões, um adepto da claque do Feirense, José Cardoso de 48 anos, foi atingido na cabeça e ficou ferido, pelo que ficou estendido no chão e teve de receber assistência médica, tendo sido posteriormente transportado para o Hospital Santo António, no Porto.
Na tentativa de encontrar justificações, alguns membros da claque fogaceira tentaram falar calmamente com os restantes agentes da polícia, que se encobriram uns aos outros e a maior parte retirou a própria identificação que tinha na farda.
Comunicado da claque do Feirense:
"Os "Civitas Fortíssima 1514", enquanto grupo organizado de adeptos que é, vêm publicamente repudiar os atos de violência gratuita que UM agente da Policia de Segurança Publica decidiu praticar contra UM dos nossos membros, o que fez súbita, desmesurada, desproporcional e injustificadamente, tanto que, ato contínuo, todos os seus colegas tiveram uma única preocupação, a de retirar os distintivos com a identificação pessoal.
Lamentamos também o súbito desaparecimento do agressor, quiçá por rebate.
Lamentamos também o ataque de amnésia que abalou todos os demais agentes que ali se encontravam, pois nenhum sabia sequer o nome daquele agente.
Da mesma forma que defendemos que a violência deve ser banida do desporto, somos forçados a defender que este tipo de "autoridade" também o deve ser.
Não nós iremos calar, nem iremos parar na defesa de um dos nossos, por justiça, por lealdade mas também para o crescimento e melhoria daquilo que deve pautar o nosso desporto, afinal, todas as semanas cá estamos e continuaremos a estar.
Quem não deve, não teme, como tal, autoridade que atua não tem que se esconder, tão pouco, quando de consciência tranquila, sente o dever de pedir desculpa.
A autoridade é necessária e tem de ser respeitada sempre, mas quando desmedida, é inútil e passa a ser crime.
Ao nosso José Cardoso desejamos as rápidas melhoras, mas sobretudo que o seu internamento seja tão fugaz como as agressões que sofreu.
A Direção"