"Pus-me à frente e fui empurrado, disseram que não tinha nada a ver com aquilo"
Em tribunal, Coates revela que tentou proteger William dos invasores da Academia do Sporting.
Corpo do artigo
Sebastián Coates foi ouvido esta quinta-feira no Tribunal de Monsanto, através de videoconferência, na 15ª sessão do julgamento do processo do ataque à Academia do Sporting. O defesa-central uruguaio revelou que a invasão foi "um choque" para o plantel leonino e relatou agressões a William Carvalho.
"Eles [os invasores] começaram à procura de Acuña, Battaglia, William e Rui Patrício. Atiraram uma tocha e fizeram soar o alarme. Para nós foi um choque. Não estávamos à espera de uma coisa daquelas. Eu coloquei-me à frente de quem procurava o William e fui empurrado. Disseram-me que eu não tinha nada a ver com aquilo. Vi o William ser agredido com um cinto e com socos nas costas. Foram quatro ou cinco para cima dele. Só me lembro de um cinto. Não vi mais nenhum", começou por referir, prosseguindo:
"Só vi agressões a William, Battaglia, Mário Monteiro e Ludovico Marques. Este último foi atingido por uma bolsa de gelo atirada de longe", acrescentou o jogador, falando também em insultos e ameaças.
"Não sei quantos participaram nas agressões, mas todos insultaram e ameaçaram. A mim disseram-me que eu não merecia vestir a camisola do Sporting. Quatro ou cinco ficaram à porta, não sei se com a intenção de bloquear. A verdade é que ninguém conseguia sair", rematou Coates.
11635523